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MP Eleitoral denuncia candidato a prefeito de Maricá por humilhar e constranger candidatas a vice e a vereadora
Fabinho Sapo, do PL, é acusado de desqualificar mulheres do seu partido; ele nega e diz que defende os direitos humanos e o combate a qualquer forma de violência ou discriminação
Segundo a denúncia do MPE, Fábio de Azevedo Barbosa, conhecido como Fabinho Sapo nas urnas, teria insultado as mulheres do Partido Liberal mais de uma vez. No dia 2 de setembro, durante uma reunião da sigla, o candidato à prefeitura foi questionado sobre como conduzia a campanha e afirmou que, se Luana Gouvea não estivesse satisfeita, poderia desistir. Após desentendimentos, Fabinho teria se irritado com questionamentos sobre a ausência da fotografia de sua vice no material gráfico de campanha, respondendo que Luana era “fútil e vaidosa” e que não tratava nem a própria esposa com “cautelas ao falar”, acrescentando que “não trataria mulher de rua assim".
Uma semana depois, durante uma reunião das mulheres do partido, em Maricá, o candidato teria comparecido ao evento após afirmar que só participaria se a candidata a vereadora Ingrid Menendes não estivesse presente. Ao ser confrontado por ela, Fabinho ignorou a candidata, constrangendo-a e humilhando-a diante dos demais integrantes do partido, segundo a denúncia.
Em entrevista ao GLOBO, Ingrid Menendes disse que as humilhações contra as mulheres do PL começaram há cerca de um mês nas reuniões do partido:
— Tem o áudio dele dizendo que a gente não tinha competência, que só tinha mulher que não valia nada, que eu era uma desequilibrada, dentre outras coisas. Ele ameaçou a vice. Esta insustentável a situação. Ele ameaçou destruir minha carreira política se eu denunciasse ele e eu joguei para o tudo ou nada, porque a gente não pode aceitar passar por isso para não denunciar ninguém de dentro do nosso próprio partido — contou a candidata a vereadora.
Procurado pelo GLOBO, Fabinho Sapo se manifestou por nota, através de sua defesa: “Reiteramos que mantemos nosso compromisso inabalável com a verdade e com o respeito a todas as mulheres, pautando nossa atuação pública na defesa dos direitos humanos e no combate a qualquer forma de violência ou discriminação”, disse a defesa, em nota.
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