Este será um dos mais importantes encontros bilaterais de Lula na COP27, que acontece em Sharm el-Sheik, no Egito.
O presidente eleito deverá reafirmar a Kerry a sua intenção de mudar radicalmente a agenda ambiental brasileira, dando especial atenção à proteção da floresta amazônica.
A redução do desmatamento da Amazônia é uma das grandes prioridades ambientais do governo americano.
O próprio presidente dos EUA citou a Amazônia em seu discurso na COP27 na última sexta-feira (11) ao mencionar o fim do desmatamento de florestas pelo mundo.
Biden disse que preservar o meio ambiente é uma das formas mais importantes de evitar as mudanças climáticas.
Segundo ele, os povos indígenas, que são “protetores das florestas” em vários lugares do globo, já aprenderam há muito tempo que esses biomas valem muito mais em pé do que desmatados. “É simples assim”, enfatizou.
No dia seguinte, foi a vez do próprio Kerry defender, em conversa com a imprensa, o fim do desmatamento na floresta.
Existe a expectativa de que Lula se encontre ainda com representantes dos governos da China, da Alemanha e da Noruega. Os dois países europeus financiadores do Fundo da Amazônia, que foi suspenso durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.
No entanto, os dois governos já afirmaram que vão voltar a financiar a proteção da floresta com o novo governo brasileiro. A CNN Brasil apurou, junto a interlocutores de Lula, que as agendas previstas nesta terça-feira, com Estados Unidos, China e Alemanha, que teriam sido solicitadas pelos países.
Os encontros estão previstos para acontecer no período da tarde (horário do Egito), no hotel em que Lula está hospedado, em Sharm el-Sheikh. O período da manhã teria sido reservado pelo Presidente eleito para preparar seu discurso de quarta.
Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (15), o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AM), afirmou que o discurso de Lula deve afirmar que “o tempo de isolamento em que o Brasil andava na contramão do planeta, se encerrou”.
Há uma expectativa de que ao longo da viagem, Lula também proponha sua vontade de sediar uma edição da Conferência do Clima, no Brasil.
Deixe sua opinião