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PDT e PSD vislumbram união em Minas Gerais


PDT e PSD  vislumbram união em Minas Gerais
Apesar de cenário ainda indefinido, trabalhistas pensam em repetir, em terras mineiras, dobradinha costurada com pessedistas do Rio de Janeiro
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Presidenciável do PDT, Ciro Gomes tem encontro marcado com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Eles vão conversar nesta sexta-feira (11/2), na sede da prefeitura da capital mineira. Os pedetistas mineiros interpretam o encontro como um aceno de Ciro a Kalil - eles estiveram juntos na eleição de 2018 e, também, em 2020. A ideia é repetir a dobradinha feita no Rio de Janeiro (RJ). Por lá, PDT e PSD costuraram acordo para estar juntos na disputa pelo governo.
Kalil é tido como possível rival do governador Romeu Zema (Novo), que tentará a reeleição no pleito de outubro. Como o PDT busca um palanque para Ciro em Minas Gerais, o prefeito de BH é visto como boa opção.
"O que queremos é ver se a gente consegue, pelo menos inicialmente, no nível estadual, repetir o acordo feito no Rio. E buscando com essa aproximação, naturalmente, a chegada a um acordo nacional para que possamos ficar juntos [na eleição]", diz, ao Estado de Minas, o deputado federal mineiro Mário Heringer, presidente estadual do PDT.
Heringer, porém, lembra que dirigentes do PSD defendem a candidatura do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (MG), à presidência da República. Por isso, a ideia é construir as pontes entre as siglas com cautela e respeito.
"É natural que ele [Kalil] seja a escolha primeira, mas temos que respeitar, porque no partido dele há um pré-candidato, Pacheco. Temos que respeitar duplamente, porque é um mineiro, como nós, e presidente do Senado", pontua. 
"Não vamos chegar lá e atravessar a cerca. Manteremos as relações e as conversas que sempre tivemos, e perceber se há alguma tendência ou mudança de postura. Precisamos de ter um palanque ideal para Minas - e compor uma chapa que possa [ajudar] Minas Gerais a sair dessa inércia em que está", completa o parlamentar.
No Rio de Janeiro, o acordo entre os partidos foi firmado pelo prefeito carioca, Eduardo Paes, do PSD, e Carlos Lupi, presidente nacional do PDT. Os pessedistas defendiam o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como candidato ao governo; entre os trabalhistas, a ideia era lançar Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói. Com a junção dos grupos, eles devem formar uma chapa única.
'Cartas na manga' em Minas
A predileção do PDT por Kalil é externada até mesmo pelos dirigentes nacionais da agremiação. Apesar disso, se não houver espaço para a divulgação da candidatura de Ciro à presidência, a avaliação é de que a coalizão se torna impossível. Uma eventual aproximação entre o prefeito de BH e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, inviabilizaria a composição.
"Nossa preferência é pela candidatura do Kalil, desde que ele abra palanque para o Ciro e a gente tenha uma composição na chapa majoritária [Senado]. Mas ele não definiu isso ainda. Então, temos que aguardar", explicou Carlos Lupi, em entrevista ao EM no mês passado.
Mário Heringer e Duda Salabert, vereadora mais votada da história de Belo Horizonte, são dois dos nomes cogitados pelo PDT para disputar o Senado - ou mesmo o governo, caso haja a necessidade de abrir palanque "puro-sangue" a Ciro Gomes.
Heringer, aliás, garante que Ciro é capaz de superar Lula e Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, o ex-ministro da Integração Nacional é o único que "apresenta soluções" ao país.
"Estão chamando de terceira via. Nós chamamos de alternativa viável para o Brasil. Ciro é uma alternativa viável, real e factível, que apresenta soluções para sairmos da inércia que o país está há dez anos. Nosso PIB não cresceu um ponto".
Ciro chega a BH na noite de quinta, para dormir. Na sexta, antes de rever Kalil, irá a Contagem, onde terá, inclusive, almoço com lideranças do PDT em Minas. Agendas em Uberlândia e Uberaba, no Triângulo, também estão previstas.
Articulações na esquerda 
Paralelamente às articulações do PDT, um grupo de partidos da centro-esquerda à esquerda, formado por PT, PSB, PCdoB e PV aparam as arestas para caminhar juntos na eleição em Minas Gerais. Uma das hipóteses do grupo é lançar candidato próprio, mas o apoio a um nome externo à aliança não está descartado.
A ideia do grupo à esquerda é apoiar uma candidatura que se posicione como anti-Zema. Há, por exemplo, líderes do PT, como o deputado federal Odair Cunha, que defendem que a agremiação não descarte a possibilidade de apoiar Kalil.
"Consolidada a federação, entendemos que temos todas as condições de apresentar uma candidatura ao governo do estado e ao senado, que seriam palanque para Lula. Sem que, com isso, a gente descarte a possibilidade de diálogo com outras forças que estejam no campo progressista e, especialmente, alinhadas com o projeto Lula presidente", afirmou ontem, sem citar o nome de Kalil, o deputado estadual Cristiano Silveira, presidente do diretório mineiro do PT.



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