O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, anunciou nesta sexta-feira (21/01) seu gabinete ministerial, no qual se destaca uma maioria feminina, com 14 mulheres e 10 homens, grande presença de ministros com menos de 40 anos e conta com a neta do ex-presidente Salvador Allende.
A partir do dia 11 de março, quando Boric tomará posse como presidente, semanas após completar 36 anos, a mais nova gestão chilena será postulada com diversos nomes jovens, que levam alguns analistas a definir este como um “governo sub-35”.
Outro tema destacado pela imprensa chilena são os nomes de independentes: serão oito de um total de 24, portanto, correspondem a um terço do gabinete. É o caso de Maya Fernández Allende, neta do ex-presidente Allende, e Izkia Siches, que não milita atualmente em nenhum partido, apesar de já ter integrado as Juventudes Comunistas.
Entre os demais 16 ministros, há quatro integrantes do partido Convergência Social (o mesmo do presidente eleito Boric, e membro da Frente Ampla), três do Partido Comunista, dois do partido Revolução Democrática (membro da Frente Ampla), dois do Partido Socialista, um do partido Comunes (Frente Ampla), um do Partido Regionalista Verde, um do Partido Liberal (ex-Frente Ampla), um do Partido Radical e um do Partido Pela Democracia.
O principal nome do gabinete é o de Izkia Siches, uma médica de 35 anos que foi figura central na vitória de Boric quando foi chefe da campanha no segundo turno, e que será a primeira mulher a ocupar o Ministério do Interior, que é quem assume o poder no caso de ausência do mandatário – no Chile, não existe a figura do vice-presidente.
Siches surgiu como figura pública nacional por ser a presidente do Colégio Médico do Chile, mas seu reconhecimento foi pela atuação que desempenhou desde a chegada da pandemia do coronavírus no país andino. Devido à sua profissão, a maior parte da imprensa a especulou como ministra da Saúde.
No Ministério da Fazenda, o escolhido foi o socialista Mario Marcel, que atualmente é o presidente do Banco Central chileno – ele ocupa o cargo desde 2016, quando foi indicado pela então presidente Michelle Bachelet.
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