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Ministro da saúde não crê em evidências das vacinas

Ministro da saúde não crê em evidências das vacinas
Para apoiar Bolsonaro, Queiroga recua e questiona evidências de vacinas Após contradizer presidente da CPI da COVID, ministro da Saúde agora afirmou que faltam evidências científicas sobre imunizantes
Depois de contradizer o presidente da República durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu os questionamentos de Jair Bolsonaro quanto às evidências científicas das vacinas contra a COVID-19. Segundo o ministro, o mandatário tem razão quando fala que “não se tem ainda todas as evidências científicas” dos imunizantes.

“O presidente Jair Bolsonaro fala que não se tem ainda todas as evidências científicas e se interpreta que o presidente está questionando as vacinas. Nós temos que questionar tudo. Ainda não se tem todas as evidências científicas mesmo, não”, afirmou o ministro, durante evento no Rio de Janeiro, que divulgou o novo calendário da vacinação na cidade.

Como exemplo, Queiroga citou que “nós não sabemos se podemos vacinar um indivíduo com a vacina de uma marca e dar a segunda dose com outra. E como nós vamos saber disso? Fazendo pesquisa. E é por isso que essas pesquisas avançam. As crianças devem ser vacinadas? Como é a vacinação com gestantes? Então, são respostas que precisam ser dadas”, completou.

No entanto, os questionamentos do presidente quanto às evidências da vacina são relacionados à segurança e eficácia da vacina, já comprovadas por estudos clínicos. Em janeiro, ao falar com jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, o mandatário disse que elas são emergenciais e que ainda não está comprovado cientificamente que elas podem prevenir a população de contrair o novo coronavírus.

Apesar de defender os questionamentos e posição de Bolsonaro em relação à vacina, Queiroga ressaltou que elas são a esperança, já que o momento pandêmico que o país vive ainda inspira cuidados. “Hoje, a média móvel de óbitos está abaixo de 2 mil, ainda é um número alto, que temos que reduzir. E nós temos, hoje, uma esperança que são as vacinas”, ressaltou.


Vacinação no Brasil

O ministro ainda reforçou o compromisso de vacinar toda a população brasileira adulta com as duas doses da vacina até o fim do ano. “Nós já anunciamos que até o final do ano toda população brasileira acima de 18 anos estará vacinada e podemos anunciar isso por conta do nosso Programa Nacional de Imunização”, ressaltou.

A meta de Queiroga é aplicar pelo menos a primeira dose do imunizante contra a COVID-19 em todos os brasileiros vacináveis até setembro. Dessa forma, automaticamente, a população conseguiria receber a segunda dose até o fim de 2021, já que o maior prazo entre a primeira e segunda dose são 12 semanas.



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