Cristiane Brasil é pré-candidata à Prefeitura do Rio pelo PTB - Assessoria |
A pré-candidata à prefeitura do Rio, Cristiane Brasil, que se entregou à polícia na tarde desta sexta-feira, pode ter saído de casa, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, momentos antes da chegada da Polícia Civil e do Ministério Público ao local.
Ela foi denunciada na segunda fase da Operação Catarata, que investigou a fraude em contratos de licitação para a Fundação Leão XIII. Nesta etapa, foi descoberta a atuação de um núcleo político na organização criminosa.
Ao chegarem no apartamento da pré-candidata, às 6h, os agentes foram atendidos por sua filha e uma funcionária, já sem roupas de dormir. No entanto, a cama de Cristiane estava mexida. A pré-candidata chegou à Chefia da Polícia Civil, na Lapa, por volta das 15h40.
De acordo com o Ministério Público do Rio, a organização criminosa atuava na Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, na época que a pasta era administrada pela então vereadora Cristiane Brasil.
“Um primeiro contrato, da Qualimóvel, foi acionado por ela num valor de R$ 4 milhões, e entre maio de 2013 a maio de 2017, houve sucessivas prorrogações, termos aditivos, e aquele contrato inicial, passou a ter R$ 20 milhões. Parte desse dinheiro foi pago em propina para a senhora Cristiane Brasil, hoje denunciada e ré”, explicou o promotor Cláudio Calo.
Segundo Calo, os pagamentos à Cristiane eram feitos de três formas: em espécie, transferência bancária para duas “mulheres da mala”, que eram assessoras dela, e também atrás de pagamento de propina. “As provas são testemunhais, extratos bancários e e-mails, em que há solicitação de pagamento, inclusive, de contrato de licitação, de uso de bem imóvel”, esclareceu o promotor.
Ainda de acordo com a denúncia do MP, mesmo com sua saída da pasta municipal, e tornando-se deputada federal, Cristiane manteve influência na Secretaria de Envelhecimento Saudável, possibilitando os termos aditivos.
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