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Julgamento de PMs acusados pela morte de Patrícia Amieiro é adiado para 2025
A Justiça do Rio de Janeiro mudou, novamente, a data do julgamento dos quatro policiais militares acusados de executarem a engenheira Patrícia Amieiro. Inicialmente, o novo júri ia acontecer no dia 20 deste mês, às 11h. Agora, ele foi transferido para o ano que vem.
A decisão, assinada pela a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis nesta quarta-feira (12), remarcou o júri popular para o dia 11 de fevereiro de 2025 às 11h. O crime completa 16 anos nesta sexta-feira (14), ainda sem respostas sobre o paradeiro do corpo da vítima.
São réus nessa nova etapa do júri, os PMs Marcos Paulo Nogueira Maranhão e Willian Luís Nascimento, que vão responder por tentativa de homicídio. Além deles, os policiais Márcio Oliveira dos Santos e Fábio Silveira Santana, serão julgados por fraude processual. A primeira data para a audiência estava marcada para apenas para o dia 24 de julho de 2025.
O novo júri foi marcado após o surgimento, em 2020, de mais uma testemunha do caso, um taxista. O motorista profissional afirmou ter visto o momento em que PMs dispararam contra o carro da engenheira e a retirada da jovem do veículo, ainda com vida.
Marcos Paulo e Willian já haviam sido condenados em 2019, no primeiro julgamento do caso, pelo crime de fraude processual, mas inocentados das acusações de tentativa de homicídio. A pena deles foi de três anos e 60 dias de prisão pelos sete jurados que participaram do Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri da Capital.
Relembre o caso
Patrícia Amieiro foi considerada desaparecida em junho de 2008, quando tinha 24 anos. Na ocasião, ela voltava de carro de uma festa no Morro da Urca, na Zona Sul do Rio. A engenheira seguia para casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quando, na saída do Túnel do Joa, o veículo dela teria sido confundido com o de um traficante e os PMs atiraram.
O automóvel foi encontrado a poucos metros de distância no Canal de Marapendi. Para o Ministério Público estadual (MPRJ), que acusa os PMs, o corpo da engenheira foi retirado do veículo, que foi jogado no canal pelos policiais para encobrir o crime. Ela foi declarada morta em 2011.
O caso foi tratado, inicialmente, como acidente de carro com desaparecimento do corpo, mas passou a ser visto como homicídio após peritos encontrarem marcas de tiros no automóvel.
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