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Justiça do Rio ouve ex-bombeiro Suel, réu no caso Marielle Franco


Maxwell Simões Corrêa presta depoimento por videoconferência, pois está preso em um presídio federal de segurança máxima fora do estado.
Justiça do Rio ouve ex-bombeiro Suel, réu no caso Marielle Franco

 O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, réu por homicídio e receptação no caso Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, é ouvido, nesta sexta-feira (1º), em audiência na 4ª Vara Criminal do Rio. Por estar em reclusão em um presídio federal de segurança máxima fora do estado do Rio, o interrogatório teve de ser feito por videoconferência.
Esta é a segunda audiência do processo noa qual o ex-bombeiro é réu. A primeira aconteceu em outubro. Suel foi preso em julho deste ano pela Polícia Federal na Operação Élpis, sendo a primeira prisão após o caso passar a ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio (MPRJ). Promotores que integram a força-tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para o caso Marielle e Anderson também participam da audiência.
Justiça do Rio ouve ex-bombeiro Suel, réu no caso Marielle Franco

O ex-militar já havia sido condenado por atrapalhar as investigações, mas cumpria pena em regime aberto. De acordo com as investigações, Suel recebeu o carro usado no crime e ficou responsável pelo desmonte. Além disso, ele é apontado como dono do veículo usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa e ainda teria ajudado a se desfazer do armamento, jogando-o no mar.

Prisão após delação de Élcio Queiroz

Suel foi preso durante a operação que se desdobrou de uma colaboração premiada realizada entre 15 e 20 dias atrás por Élcio de Queiroz, preso por ter conduzido o carro durante a execução da vereadora. Em sua casa, foram apreendidas armas, supostamente legalizadas, celulares e outros bens. 

De acordo com a delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz, preso por dirigir o carro utilizado para o assassinato de Marielle, Suel planejou a morte, junto com o também ex-PM Ronnie Lessa, durante o segundo semestre de 2017. O ex-bombeiro seria responsável por fazer tocaias onde a vereadora estava e acompanhar os seus traslados.
Segundo Queiroz, Suel também participou de uma tentativa frustrada de homicídio da parlamentar no final de 2017, no Estácio, região central do Rio. A delação apontou que o ex-bombeiro dirigia o Cobalt Prata enquanto Lessa estava armado no banco do carona com uma submetralhadora MP5. O crime só não teria acontecido por um problema mecânico no carro em que estavam. De acordo com Queiroz, Lessa ficou chateado com Suel porque achou que o homem hesitou.
Caso Marielle 
Os assassinatos de Marielle e Anderson completaram cinco anos em 2023 sem respostas sobre o mandante do crime. Os dois foram mortos no dia 14 de março de 2018. Em fevereiro desse ano, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a PF abrisse um inquérito paralelo para auxiliar as autoridades fluminenses.
Nas investigações da Polícia Civil, o avanço mais consistente no caso aconteceu em março de 2019, quando Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa foram presos no Rio de Janeiro. O primeiro é acusado de ter atirado em Marielle e Anderson, o segundo, de dirigir o carro usado no assassinato. Quatro anos depois, eles continuam presos, mas não foram julgados. Os dois estão em penitenciárias federais de segurança máxima.




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