Pela primeira vez, aprovação de Lula supera reprovação entre evangélicos, mais ricos e no Sul, indica Genial/Quaest.
Distância entre os que aprovam e desaprovam a forma de o presidente trabalhar foi de 16 pontos para 25; cenário econômico ajuda a explicar melhor momento do petista
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira mostrou um avanço da aprovação sobre o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre grupos nos quais o petista enfrenta resistência desde as eleições. O quarto levantamento bimestral realizado em 2023 foi o primeiro do ano em que Lula viu a aprovação superar, simultânea e numericamente, a desaprovação junto a evangélicos, na Região Sul do país e também entre os brasileiros mais ricos, com renda superior a cinco salários mínimos.
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Nos estados do Sul, onde o chefe do Executivo perdeu para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno por 58,9% a 41,1% dos votos válidos, a aprovação de Lula deu um salto de 11 pontos em apenas dois meses, chegando a 59%. A reprovação caiu em nível idêntico, de 49% para 38%.
O melhor desempenho do chefe do Executivo continua sendo na região Nordeste. Lá, a aprovação é de 72%, de acordo com a Quaest. Com a melhora no Sul, a região onde Lula tem numericamente a menor aprovação (52%) é, agora, o Norte e Centro-Oeste.
Outro avanço de Lula nesta pesquisa foi no eleitorado evangélico, que também votou majoritariamente com Bolsonaro no último pleito presidencial. Pela primeira vez desde o início da série histórica da Quaest, a aprovação a Lula nesse segmento religioso superou numericamente a desaprovação, e agora está em 50% a 46%, respectivamente. O índice, porém, ainda é distante da média nacional de 60%.
Entre os católicos, o cenário passou por poucas mudanças, com a aprovação oscilando de 61% para 63%, contra um movimento de 34% para 32% na reprovação. No grupo "outras/não tem religião", os que aprovam Lula são 64% (eram 59% em junho), enquanto 30% desaprovam (eram 38%).
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