Segundo o presidente e Paulo Sérgio, Moraes teria cometido abuso de autoridade
O Superior Tribunal Militar (STM), negou nesta quinta-feira (22) uma ação em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, pedem abertura de investigação contra o ministro Alexandre de Moraes por conduta na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"Está cristalino que o pedido veiculado no processo não compõe a competência do STM, nos termos da Constituição Federal e das leis vigentes. Portanto, não conheço do pedido liminar, por se tratar de matéria estranha à competência do STM", disse o ministro Lúcio Mário de Barros Góes, presidente do STM.
O atual presidente e o ministro da Defesa afirmam, na ação, que Moraes teria cometido abuso de autoridade ao impedir o acesso a códigos fonte das urnas eletrônicas, o que teria desrespeitado a Constituição Federal.
Alegações de Bolsonaro
1)supostos crimes de Moraes contra a segurança nacional e a ordem política e social;
2)investigação contra o presidente do TSE por atentar contra a Constituição e os direitos humanos;
3)afirma que as Forças Armadas não tiveram acesso ao código-fonte das urnas.
No relatório das Forças Armadas entregue ao TSE após o segundo turno das eleições 2022, Bolsonaro e o ministro da Defesa afirmaram que possíveis problemas nas urnas eletrônicas não puderam ser verificados na auditoria por dificuldades ao acesso ao código-fonte do dispositivo.
"Foram autorizadas somente análises estáticas, ou seja, foi impossibilitada a execução dos códigos-fonte, fato que teve por consequência a não compreensão da sequência de execução de cada parte do sistema, bem como do funcionamento do sistema como um todo", diz o documento emitido pelo Ministério da Defesa.
Esta é a terceira ação contra Moraes que a Corte Militar rejeita em uma semana. O ministro Cláudio Portugal Viveiros arquivou, no dia 15 de dezembro, uma ação em que o advogado bolsonarista Wilson Issao Koressawa pediu a prisão de Moraes.
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