Ao ser indicado pelo PSB como nome à Vice-Presidência da República na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin disse, nesta sexta-feira (8), que este é um momento de “grandeza política, desprendimento e união”.
Alckmin afirmou ainda que aceita a indicação com “honra e entusiasmo”.
“Não é hora de egoísmo, é hora de generosidade, grandeza politica, desprendimento e união. Politica não é uma arte solitária. A força da política é centrípeta, e vamos somar esforços para a reconstrução do nosso país”, declarou Alckmin a partidários reunidos em um hotel da capital paulista, onde a oferta de seu nome foi feita.
Ex-adversários
As conversas entre Lula e Alckmin para a composição da chapa eleitoral ocorrem há meses, e envolveram a saída do ex-governador paulista do PSDB, partido onde ficou por 33 anos.
Em 2006, ambos foram adversários na disputa à Presidência da República, quando trocaram uma série de acusações ao longo da campanha eleitoral.
Naquela eleição, Lula ganhou de Alckmin no segundo turno com 60% dos votos válidos e seguiu para o seu segundo mandato.
“Acolhida” no PSB
Recém-chegado ao PSB, o ex-governador agradeceu ao partido pela “acolhida” e, ao se referir à disputa eleitoral, criticou a atual gestão de Jair Bolsonaro (PL) como “um governo que atenta contra a democracia e as instituições”.
“O que melhor define as nações que vão bem é exatamente ter boas instituições. O inverso de [ter] boas instituições é autocracia. O governo do ‘o que eu quero, eu faço’, por cima da lei e do interesse publico. O resultado é a maior crise das últimas décadas”, declarou, sem citar o presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-governador de São Paulo também citou dados do PIB brasileiro no último ano de governo Lula, de 7,5% em 2010, ao falar sobre os “esforços” que quer realizar para temas econômicos. “Quero somar os meus esforços ao presidente Lula para a gente recuperar emprego, renda, oportunidade para as pessoas combaterem essa carestia absurda”.
Trâmites para a chapa
Após o ato de hoje, a executiva nacional do PT precisará referendar a indicação de Alckmin para a chapa, com a aprovação de seu nome.
Durante o discurso desta sexta, Lula afirmou a Alckmin que “tem certeza que o PT irá aprovar o seu nome como candidato à vice”. Segundo Lula, “ninguém tem mais experiência” do que Alckmin para o posto.
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