Polícia prende homem acusado de ser o maior golpista do Rio; vítimas eram enganadas com promessa de financiamento
A Polícia Civil prendeu, na manhã da última sexta-feira, um homem acusado de ser o maior estelionatário do Rio. Marcelo Jorge Pereira da Silva foi capturado por agentes da 1ª DP (Praça Mauá) em seu apartamento, num condomínio de luxo da Barra da Tijuca. Segundo as investigações da distrital, as vítimas do esquema eram enganadas com promessas de financiamento de imóveis e automóveis.
O inquérito aponta que, desde 2015, o esquema já gerou um prejuízo de cerca R$ 3 milhões a uma série de pessoas enganadas. A polícia descobriu que o estelionatário dirige uma rede de 15 empresas criadas unicamente para os golpes. As firmas são cooperativas habitacionais, empresas de consultoria ou de financiamentos de imóveis e automotores e anunciam subsídios até para quem está com o nome negativado nos cadastros de restrição ao crédito.
Nos escritórios das empresas, as vítimas são convencidas a pagar uma parcela de entrada e, em seguida, um determinado número de parcelas até atingir o valor do bem. Após o pagamento de parte do suposto financiamento, os clientes não conseguem mais entrar em contato com a emoresa, que não entrega os imóveis e veículos. As vítimas, então, passam a pedir o dinheiro de volta, sem sucesso.
Após enganar várias vítimas, o estelionatário, então, constituía uma nova empresa — e seguia aplicando golpes. A prisão de Silva foi decretada no dia 21 de janeiro, pelo juiz Luis Claudio Rocha Rodrigues, da 1ª Vara Criminal de Petrópolis. Segundo o magistrado, o estelionatário "responde a inúmeros números de processos e investigações por estelionato e associação criminosa, operando reiteradamente de modo a lesar várias pessoas".
Segundo a Polícia Civil, Silva é investigado em mais de 200 inquéritos só na 1ª DP e tem mais de 300 anotações criminais em sua ficha, a maioria por estelionato.
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