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O bolsonarismo como ideologia


Ditado popular: Tem cara de jacaré, couro de jacaré, dente de jacaré, cauda de jacaré e não é jacaré? Ora bolas! Claro que é jacaré.

Vivemos hoje sob um governo de extrema direita. Ações, palavras, eventos, etc. Tudo focado na ideologia extremista. Vamos dissecar isso...

Antes voltemos ao passado e fazer um relato sobre a Conferência de Wannsee

Os Participantes da Conferência

Os 15 participantes da conferência pertenciam à elite política do regime nazista. A maioria provinha de “boas famílias burguesas”, possuía educação superior e oito deles tinham doutorado. Alguns eram nazistas convictos, outros tinham entrado para o partido mais por oportunismo.  A grande maioria escapou de toda e qualquer punição tanto em relação à sua participação na Conferência de Wannsee quanto por seu envolvimento no extermínio dos judeus.

Apenas três dos participantes foram julgados e condenados à morte:

Dr. Eberhard Schöngarth - Comandante da polícia de segurança
e das SD (BdS),

Dr. Josef Bühler - Secretário de Estado do Governo Geral, um dos responsáveis pelo assassinato em massa dos judeus na Polônia.

Adolf Eichmann - Serviço Central de Segurança do Reich, foi o Chefe do Relatório IV B 4 e organizador das deportações.

Um terço dos participantes já tinha morrido ao fim da guerra ou morreu pouco depois:

Reinhard Heydrich - Comandou o Escritório Central de Segurança do Reich (RSHA). Chamado de “a face demoníaca do mal” foi um dos principais arquitetos do Holocausto.

Dr. Alfred Meyer - Secretário de Estado do Ministério do Reich para Zonas Ocidentais Ocupadas.

Dr. Rudolf Lange - Comandante da Polícia de Segurança e das SD (KdS). Comandante dos Einsatzkommando 2, já tendo massacrado os judeus de Riga e os judeus alemães deportados,

Dr. Roland Freisler - Secretário de Estado Ministério da Justiça do Reich.

 Martin Luther - Subsecretário de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Dois participantes foram libertados da prisão e morreram de doença nos primeiros anos após a guerra:

Wilhelm Kritzinger - Diretor de um ministério e homem-chave da Chancelaria do Reich possuía conhecimentos sobre todas as medidas antijudaicas.

Erich Neumann - Secretário de Estado do Plano Quadrienal encabeçado por Göring para organizar a economia.

O restante dos participantes conseguiu escapar de qualquer punição e ter uma vida normal:

Dr. Gerhard Klopfer, Diretor ministerial da Chanceleria do NSDAP.

Dr. Georg Leibbrandt - Diretor Ministerial do Reich para os territórios ocupados no Leste.

Otto Hofmann - Chefe das SS-Serviço Central Colonial e Racial.

Dr. Wilhelm Stuckart - Secretário de Estado do Ministério do Interior do Reich, 

Heinrich Müller - Chefe da Gestapo, o mais feroz dos assassinos do Terceiro Reich.


Adolfo Hitler??????

Bibliografia:

The Minutes from the Wannsee Conference, January 20, 1942, (Translation to English ),

Voltemos ao bolsonarismo

O governo Bolsonaro desde o início declarou que sua ideologia era a do desmonte e de uma nova era, tendo como base: a família, Deus e o cristianismo como pilar (sic)

A cultura e a comunicação do bolsonarismo desde sempre se focou na ideologia extremista, vejamos o que disse Roberto Alvim então secretário de cultura:

“A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”, diz Alvim no vídeo. De quem ele copiou esse texto? Nada mais nada menos que o ideólogo nazista Joseph Goebbels. Após o vídeo foi exonerado, mas nunca o governo     disse porque ou fez autocrítica.

Na Fundação Palmares, temos um negro racista, que nega até a escravidão. Sem mais comentários.

No seio militar encastelado no Planalto, Bolsonaro conseguiu reunir as “viúvas da ditadura” e da negação da democracia.

Gabinete do ódio e outros ideólogos

Lá no início citei a Conferência de Wannsee e a leitora (o) se pergunta o que isso tem com o bolsonarismo?

Respondo: Tudo.

- Poucos historiadores atentaram para que a reunião mais importante do nazismo e da “Solução Final” Adolf Hitler não esteve presente. Por quê? Simples, Hitler não era um formulador, um pensador, já aqueles sim. Assim é o bolsonarismo. Bolsonaro é tosco e ruim das idéias. Basta lembrar a fala de um ministro do STM quando estava julgando Bolsonaro, disse então o ministro: “Esse capitão não é chegado às letras, e desonra o Exército de Caxias”.

Então do que vive o bolsonarismo? Mais uma vez voltamos ao nazismo: Uma mentira repetida mil vezes, vira verdade. O bolsonarismo vive disso fake news e mentiras. Mamadeira de piroca, Kit Gay, e por ai vai. Dias atrás Bolsonaro divulgou um falso relatório, logo desmentido pelo TCU sobre mortes por Covid-19; mesmo depois sabendo ser falso, ele não se desculpou ou disse que era falso. Fez pior, reuniu teu “gado” no cercadinho e ironizou, dizem ai...disse ele

O bolsonarismo é comandado pelo gabinete do ódio, blogueiros disseminadores e o ideólogo Olavo de Carvalho.

Cito alguns: Tércio Arnaud Tomaz responsável por esquema de fake news de funciona no Palácio do Planalto. Junto com ele atua José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz. Destaque para Filipe Martins.  Flagrado numa audiência no senado num gesto supremacista branco, disse que estava ajeitando a gravata é que é judeu, portanto não seria supremacista. Mentiroso contumaz. Judeu é ou filho de mãe judia, ou convertido. O que ele não é, aliás, se diz cristão. Tosco.

Uma rede de blogueiros comandada por Allan dos Santos dono do site Terça Livre, lidera esse grupo. Olavo de Carvalho é o ideólogo deles. Cada vídeo, cada texto dele e compartilhado e republicado as milhares.

Assim caminha o bolsonarismo, calcado na ideologia de estrema direita e na  arquitetura da  desconstrução.

 

 

 

 

 

 

 




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