Arthur Lira negou que tenha recebido qualquer ameaça de golpe do ministro da Defesa, Walter Braga Netto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
Segundo Estadão, ministro da Defesa teria dito que sem voto impresso, não haveria eleição em 2022
Braga Netto, ao chegar no ministério da Defesa, afirmou que a notícia era uma "invenção"
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), negou que tenha recebido uma ameaça de golpe do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto.
A declaração foi dada à jornalista Ana Flor, do G1.
Lira informou que vai divulgar uma nota sobre o assunto, na qual negará a informação trazida pelo O Estado de S. Paulo. Segundo o jornal, Braga Netto teria dito a Lira que sem voto impresso, não haveria eleições em 2022.
Na reportagem divulgada pelo Estadão, a informação é de que Lira conversou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e houve um acordo para que o ocorrido não fosse divulgado, por se tratar de um assunto “delicado”.
A informação também foi negada por Braga Netto. Ao chegar no ministério da Defesa, ele foi questionado por jornalistas e afirmou que se trata de uma “invenção”.
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Entenda a suposta “ameaça de golpe”
Segundo o Estadão, o recado foi enviado por meio de um interlocutor.
Quando Braga Netto transmitiu o “aviso”, ele estava acompanhado dos chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
De acordo com informações do Estadão, Lira disse a interlocutores que estava preocupado e descreveu a situação como “gravíssima”.
O voto impresso ainda não foi votado na Câmara dos Deputados e ainda tramita em uma Comissão Especial, no entanto, partidos do Centrão já concordaram em delibera contra a medida.
O presidente da Câmara entendeu o recado do ministro da Defesa como uma ameaça de golpe e procurou Jair Bolsonaro. Lira teve uma longa conversa com o presidente da República. Segundo o Estadão, Lira expressou a Bolsonaro que não apoiaria nenhuma tentativa de golpe institucional.
Ele reforçou a lealdade ao presidente, mas reforçou que não admitiria uma tentativa de golpe.
Bolsonaro, por sua vez, teria dito que nunca defendeu uma tentativa de golpe e reafirmou ter compromisso com a Constituição Federal.
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