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Funcionário de condomínio da Barra confessa assassinato e 'entrega' a síndica

Funcionário de condomínio da Barra confessa assassinato e 'entrega' a síndica

A síndica e um funcionário de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, foram presos ontem sob a acusação de assassinato. A vítima, o empresário Carlos Eduardo Monttechiari, teria descoberto que Priscilla de Oliveira estava desviando recursos do London Green, onde morava. Segundo a polícia, ela, então, encomendou o crime a Leonardo Lima, apontado por investigadores como seu amante. De acordo com investigadores, ele confessou a autoria do homicídio. Além disso, afirmou que Prisciilla o convenceu a fazer a execução.

O assassinato ocorreu em 1º de fevereiro. Carlos Eduardo estava dentro de seu carro, parado em frente a um terreno que alugava em Vila Kosmos, quando levou vários tiros. O empresário chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu. Inicialmente, a polícia tratou o crime como latrocínio (roubo seguido de morte), mas a investigação da 27ª DP (Vicente de Carvalho) acabou revelando a trama de Priscilla.

A elucidação do caso partiu do depoimento de uma pessoa que conversava com a vítima por telefone no momento do crime. Leonardo teria sido reconhecido por Carlos Eduardo, que já foi síndico do London Green. O homem apontado como seu assassino trabalhava no condomínio como supervisor de imagens.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a investigação, pois mostram Leonardo saindo de seu carro segundos antes do ataque. Depois de atirar, ele retornou ao veículo, do qual tirou adesivos e trocou rodas numa tentativa de dificultar seu reconhecimento. No entanto, um amassado na lataria não foi consertado, o que deu à polícia um indício do uso do automóvel na ação. Leonardo, aliás, o dirigia quando recebeu voz de prisão.

Cartas de amor de Priscila para Leonardo foram anexadas ao inquérito. Os dois tiveram prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça. Norley Thomaz Lauand, advogado da síndica, afirmou à TV Globo que sua cliente “em momento algum desejou a morte da vítima” e que ela é inocente.

— Foi uma atitude isolada do Leonardo, se, por ventura, ele cometeu, mas ela não contribuiu para isso — alegou o advogado.

Carlos Eduardo havia denunciado irregularidade nas contas do London Green, e chegou a acusar Priscilla de desviar R$ 800 mil do condomínio de 440 apartamentos, do qual era conselheiro fiscal. Ele foi morto quatro dias antes de uma assembleia, na qual planejava apresentar provas de suas acusações a outros moradores.




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