Em depoimento ao Tribunal Especial Misto (TEM), Edson Torres afirmou que 'caixinha da propina' arrecadou entre R$ 50 milhões a R$ 55 milhões. Dinheiro recebido por Pastor Everaldo era distribuído para estrutura de governo. Witzel nega ter recebido 'qualquer valor indevido'.
O empresário Edson Torres, que já havia confessado participação no esquema de corrupção na Saúde do estado, reforçou, em depoimento ao Tribunal Especial Misto (TEM) nesta quarta-feira (13), que Wilson Witzel recebeu quase R$ 1 milhão antes da eleição para 'sustento', caso o então juiz federal não vencesse o pleito de 2018. Em nota, o governador afastado negou: "Jamais recebi qualquer valor indevido de quem quer que seja, antes ou depois de eleito".
Em depoimento, Edson Torres disse que o valor de R$ 980 mil seria uma facilitação para que suas empresas voltassem a ter contratos com o estado, caso Witzel fosse eleito, o que aconteceu. Caso não fosse, serviria para 'sustento', já que o então juiz federal precisou largar a magistratura para se candidatar.
"Os recursos que foram por nós aportados, parte deles foi antes [das eleições de 2018], enquanto Wilson era juiz federal. Se ele ganhasse a eleição, o dinheiro era para [fazer] o que ele bem entendesse.
Se ele não gahasse a eleição, era para sustento dele. Ele estaria desempregado", explicou Torres, que é dono de empresas de prestadores de serviço. Ele reafirmou ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Cláudio de Mello Tavares, a versão de que a 'caixinha da propina' que arrecadou entre R$ 50 milhões e R$ 55 milhões funcionou já com o governador Wilson Witzel eleito.
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