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No auge da paixão política subestimei o perigo

No auge da paixão política subestimei o perigo

Jorge Magalhães 

O ano de 2018 politicamente foi um muito tumultuado no Brasil. Vínhamos do impeachment de Dilma, os embates com o PT, Lava-jato, prisões, esquerda dividida e Bolsonaro.



Naquele momento era difícil imaginar que Bolsonaro ascenderia de forma meteórica ao poder, e com isso todo atraso que viria com ele.

Percebo agora como subestimei o perigo que Bolsonaro representava em 2018. Calculava apenas a ameaça à democracia e contava com os clássicos contrapesos institucionais: STF e Congresso, imprensa. Não imaginei que um presidente poderia enfrentar uma tragédia como o coronavírus ou precipitar dramaticamente a tragédia anunciada pelo aquecimento global.

Os Estados Unidos passaram por um flagelo semelhante e o superaram, apesar das marcas. A versão tropical é mais devastadora, não só pela profundidade da ignorância de Bolsonaro, mas também pelas circunstâncias.

Trump deixa os Estados Unidos com pelo menos uma vacina produzida nos EUA e quantidade de doses contratada suficiente para imunizar o país. No seu lugar, entra Biden: consciência ambiental e sintonia absoluta com a ciência no combate ao coronavírus.

Não tenho dúvidas de que também vamos acordar do pesadelo. Mas uma importante tarefa, assim como aconteceu com uma geração de intelectuais alemães no pós-guerra, será estudar as causas disso tudo: as raízes no imaginário nacional que nos tornam tão vulneráveis à barbárie, tão seduzidos pelo discurso da estupidez.

Por fim, continuaremos acreditando na ciência, nos protegendo e a quem amamos e também nossos semelhantes.

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