A denúncia do Ministério Público afirma que ela trocou mensagens com o pai assim que as primeiras investigações começaram a sair em dezembro de 2018
"Caraca! Tu viu alguma parte do 'Jornal Hoje'? Bateu direto naquele negócio do Queiroz. Direto isso, a foto dele estampada no 'Jornal Hoje.' Agora deu ruim", escreveu Luiza, segundo mensagem divulgada pelo "Fantástico".
Em outra mensagem, de acordo com a emissora, Luiza perguntou ao pai o que fazer com os recibos de depósitos feitos a Queiroz assim que soube que ela também era alvo das investigações. A ex-assessora também conversou com o advogado de Queiroz e então advogado de Flávio, Luis Gustavo Botto Maia.
"Contanto que te tire disso e esqueça isso de uma vez e a gente possa viver nossa vida normalmente. Ele que invente as estórias dele lá", escreveu o pai de Luiza. Ela chegou a ser chamada à Alerj para preencher a folha de ponto em janeiro de 2019, mas diz nunca ter assinado. "Oi, pai. Parece que faltou algum ponto que não está assinado. Só que eu não lembro de ter assinado algum ponto, entendeu?" "Eles querem pegar um 'bucha' que é para ver se desentoca alguma coisa", respondeu o pai, de acordo com as mensagens obtidas pelo MP
Luiza e mais 90 pessoas ligadas a Flávio Bolsonaro tiveram seus sigilos bancários quebrados pela Justiça em 2019.
Segundo informações do jornal O Globo, Luiza disse no depoimento que nunca atuou como funcionária de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual, mas era registrada na Alerj, recebia salário e repassava mais de 90% do valor para Queiroz. Luiza também teria apresentado extratos bancários para comprovar o esquema. Os comprovantes mostrariam um desvio total de R$ 160 mil.
Luiza virou assessora de Flávio em agosto de 2011 e ficou no cargo até abril de 2012. Segundo O Globo, a aproximação com o senador seria em razão da amizade do pai dela com Queiroz.
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