Aposentados e pensionistas reclamam de empréstimos não solicitados feitos irregularmente
Em grupos das redes sociais, vários aposentados e pensionistas contam que foram vítimas do golpe do consignado. Sem solicitarem, tiveram o nome vinculado a um empréstimo do qual não receberam nenhum crédito, ficando só com as parcelas a serem quitadas.
Esse é o caso da pensionista Paula de Farias Varanda, de 39 anos. Ao fazer a consulta no INSS, descobriu que terceiros haviam feito um empréstimo de R$ 10 mil em seu nome por meio do Ficsa - C6 Bank. Após descobrir a fraude, fez uma reclamação junto ao Banco Central, ao Procon, além de ter registrado a ocorrência nos portais de defesa do consumidor Reclame Aqui e Consumidor.gov.
— Eu não recebi dinheiro nenhum e só fiquei com a dívida! — conta Paula.
Em casos como esse, a advogada Cátia Vita orienta a guardar todas as provas possíveis, como folhas de pagamentos e extratos bancários que demonstrem os descontos e/ou depósito de valores não solicitados, para registrar uma reclamação junto ao INSS pelo 135 e ao Banco Central pelo 145. Caso, ainda assim, a vítima não obtenha solução para o cancelamento do empréstimo e a devolução das parcelas indevidamente descontadas, é necessário entrar com uma ação judicial.
— É possível pedir danos morais e materiais, mas a vítima deve procurar uma defensoria pública ou um advogado para que a situação seja analisada de forma singular. Ações de juizados especiais demoram em torno de seis meses a um ano para ter um desfecho. Em varas cíveis, o tempo é de aproximadamente dois anos — esclarece Cátia.
Em nota, o C6 Bank disse que não faz venda direta de consignado. Também que, em qualquer situação de não conformidade, efetua o descadastramento do correspondente bancário, parceiro na oferta.
"Em outubro, fizemos mais de 300 mil contratos de crédito consignado. Os casos com reclamações de consumidores sempre são 100% resolvidos sem prejuízo ao cliente. Adotamos as melhores práticas do mercado nos contratos. Além disso, estamos dando um passo a mais e validando os contratos por meio de reconhecimento facial, para garantir que realmente foi o cliente que fez a contratação”, alegou o banco.
— É possível pedir danos morais e materiais, mas a vítima deve procurar uma defensoria pública ou um advogado para que a situação seja analisada de forma singular. Ações de juizados especiais demoram em torno de seis meses a um ano para ter um desfecho. Em varas cíveis, o tempo é de aproximadamente dois anos — esclarece Cátia.
Em nota, o C6 Bank disse que não faz venda direta de consignado. Também que, em qualquer situação de não conformidade, efetua o descadastramento do correspondente bancário, parceiro na oferta.
"Em outubro, fizemos mais de 300 mil contratos de crédito consignado. Os casos com reclamações de consumidores sempre são 100% resolvidos sem prejuízo ao cliente. Adotamos as melhores práticas do mercado nos contratos. Além disso, estamos dando um passo a mais e validando os contratos por meio de reconhecimento facial, para garantir que realmente foi o cliente que fez a contratação”, alegou o banco.
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