Com popularidade do presidente em alta, bancada busca passar medidas que, nos EUA, resultam em queda no aprendizado, teorias da conspiração, seitas e assassinatos em série.
A tropa de choque de Jair Bolsonaro no Congresso está decidida a aproveitar o aumento da popularidade do presidente com o auxílio emergencial para tentar aprovar projetos de agrado dos apoiadores mais radicais, como a flexibilização do porte de armas e a educação domiciliar.
Além da popularidade, Bolsonaro passou a contar com uma base mais ampla na Câmara, com os partidos do centrão: PP, PL e Republicanos. Apesar de esperar resistência da oposição e de alguns partidos de centro, articuladores políticos do Palácio do Planalto avaliam que o momento é ideal para tratar das matérias.
“A gente quer tocar homeschooling [educação domiciliar], armas e trânsito. É uma intenção, e estou construindo, consultando os líderes da base para avançar”, afirmou o deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao jornal Folha de S.Paulo, que foi nomeado líder do governo na Câmara há menos de um mês.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria sinalizado, em conversas reservadas, que pode colocar os dois projetos em discussão, mas indicou esperar que eles sofram alterações.
As medidas bolsonaristas emulam, em parte, conceitos adotados nos Estados Unidos há algumas décadas. Diversos estudos e as estatísticas das autoridades de ensino e segurança, porém, demonstram os riscos das medidas.
O homeschooling fez proliferar seitas radicais e derrubou a qualidade do aprendizado no país. Os estadunidenses apresentam baixos índices de conhecimento e estão entre os cidadãos que mais acreditam em teorias da conspiração.
Já a liberação de armas, que resiste com o lobby dos fabricantes, tem causado sucessivas tragédias, com um número recorde de mortes por arma de fogo e um dos maiores índices de ataques terroristas domésticos a espaços públicos, incluindo escolas.
Com informações da Folha
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