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Militar acusado de estupro vira réu por crimes cometidos durante ditadura

Militar acusado de estupro vira réu por crimes cometidos durante ditadura
 Antônio Waneir Pinheiro Lima, conhecido como Camarão
A NOTÍCIA
  • Militar virá réu por crimes que cometeu no período da ditadura
  • Waneir Lima é acusado de crimes como sequestro e estupro
O militar reformado Antônio Waneir Pinheiro Lima, conhecido como 'Camarão, se tornou réu nesta quarta-feira (14) por crimes cometidos durante a Ditadura Militar. A condenação diz respeito aos delitos realizados na 'Casa da Morte', órgão clandestino montado em Petrópolis (RJ).
A denúncia foi recebida pela 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O MPF acusa o militar reformado dos seguintes crimes: sequestro, cárcere privado e estupro de Ines Etienne Romeu, a única sobrevivente da 'Casa da Morte'.
Magistrados contestaram o argumento do juiz da primeira instância, que afirmou que não haveria indícios suficientes para a sustentação da denúncia. A desembargadora federal Simone Schreiber afirmou em seu voto que os crimes praticados por 'Camarão' foram contra a humanidade e, nestes casos, aplica-se a Convenção Americana dos Direitos Humanos.
Após a decisão da 1ª Vara Federal Criminal de Petrópolis de rejeitar a denúncia pela primeira vez, o MPF recorreu ao TRF-2 com o pedido para tornar 'Camarão' reú.

Única sobrevivente

Ines Etienne Romeu foi a única sobrevivente entre os que foram presos pelo regime militar na Casa da Morte -- chamado à época de Centro de Informações do Exército (CIE), mas que funcionava como um órgão de tortura dos que se opunham aos militares.
Há a suspeita de que pelo menos 22 pessoas tenham sido assassinadas no local pelos militares. A Casa da Morte consolidou-se, durante os anos da Ditadura Militar, como um dos principais centros clandestinos de tortura e extermínio dos militares.
De acordo com os documentos da Comissão Nacional da Verdade, órgão criado pelo governo brasileiro para averiguar crimes cometidos pelos militares no período, há um depoimento de Ines que diz:
“Eu não quero um tostão de indenização. Esse dinheiro de indenização vem do povo e a grande vítima é o povo. O que eu quero é que a Justiça do meu País reconheça oficialmente que eu fui sequestrada, mantida em cárcere privado, estuprada 3 vezes por agentes públicos federais pagos com o dinheiro do povo brasileiro".


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