A candidatura do ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) ao governo do Rio de Janeiro pode ser impugnada, de acordo com a coluna Radar, da revista Veja.
O magistrado pediu exoneração do cargo em fevereiro último, com a pretensão de concorrer às eleições, mas respondia a um processo administrativo, desde 2005, no Conselho Nacional de Justiça.
A ação só foi arquivada em 18 de setembro, ainda conforme a coluna. Acontece que a Lei da Ficha Limpa, em seu artigo 1º, diz que "magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar" são considerados inelegíveis.
Witzel disputa o segundo turno com o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM). Ele nasceu em Jundiaí, em 1968. Aos 19 anos se mudou para o Rio de Janeiro, onde se tornou fuzileiro naval e defensor público. Fez mestrado em Processo Civil e doutorado em Ciência Política. Foi professor de Direito Penal Econômico por maios de 20 anos, ministrando aulas em instituições como a Fundação Getulio Vargas e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para se candidatar ao cargo do governo do Rio, Witzel filiou-se este ano ao Partido Social Cristão (PSC). Em 2001, ele entrou para a magistratura, atuando em varas criminais e cíveis, chegando a presidir, entre 2014 e 2016, a Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Ajuferjes).
Witzel é considerado uma surpresa na eleição, pois vinha em 6º lugar nas pesquisas, mas após o debate na televisão, antes do primeiro turno, começou a subir. Na última pesquisa do Instituto Datafolha, antes da votação, ele já aparecia em 2º lugar, e em 3º na pesquisa do Ibope.
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