Mourão no centro da foto |
Após afirmar pela segunda vez em menos de três meses a possibilidade de que as Forças Armadas pudessem realizar uma intervenção militar na crise política do país, o general Antonio Hamilton Mourão foi retirado do posto de secretário de Economia e Finanças do Exército. O comunicado foi feito pela instituição neste sábado (9), segundo a
Na última quinta-feira (7), durante no Clube do Exército, em Brasília, organizada pelo grupo "Terrorismo Nunca Mais", Mourão reiterou o discurso de três meses atrás, de que os militares poderiam agir "dentro da legalidade" se o "caos" se instalasse no país e que, neste caso, as Forças Armadas teriam papel "moderador e pacificador".
Mourão, que não poupou críticas aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e ainda acrescentou que o governo de Michel Temer se tornou um "balcão de negócios", defendeu, diante do público, a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro, que é militar da reserva do Exército, como "um homem que não tem telhado de vidro". "Olhamos com muito bons olhos a candidatura do deputado Bolsonaro".
Segundo o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que na primeira ocasião havia amenizado as críticas políticas de Mourão, a instituição vai apresentar o pedido de movimentação de Mourão para o cargo de adido na Secretaria-Geral do Exército ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, "para encaminhamento" ao presidente Temer.
Em 2015, após críticas à ex-presidente Dilma Rousseff, Mourão foi exonerado do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, para o atual posto na Secretaria de Economia e Finanças, em Brasília.
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