A Polícia Federal prendeu,
nesta quinta-feira, o ex-chefe da Casa Civil do governo de Sérgio Cabral, Régis Fichtner. Os agentes chegaram à casa do ex-secretário, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por volta das 6h. Desdobramento da Lava Jato, a ação é mais uma fase da Operação Calicute, que prendeu o ex-governador em novembro do ano passado.
nesta quinta-feira, o ex-chefe da Casa Civil do governo de Sérgio Cabral, Régis Fichtner. Os agentes chegaram à casa do ex-secretário, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por volta das 6h. Desdobramento da Lava Jato, a ação é mais uma fase da Operação Calicute, que prendeu o ex-governador em novembro do ano passado.
O empresário Georges Sadala também foi preso. Ainda nesta manhã, os agentes cumprem outros três mandados de prisão, sendo dois para o mesmo suspeito, e mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão. A ação foi denominada de "C'est fini", que em francês significa "é o fim". O nome faz uma referência à Farra dos Guardanapos, uma foto em que aparecem ex-secretários e empresários em Paris com guardanapos na cabeça.
O caso ocorreu em setembro de 2009, em Paris, onde Cabral recebeu uma homenagem. Divulgada em 2012 pelo ex-governador Anthony Garotinho, a imagem mostra outros presos na Lava Jato: o ex-dono da empreiteira Delta Engenharia, Fernando Cavendish, que foi preso em julho de 2016 e cumpre prisão domiciliar desde agosto do ano passado; o empresário Sadala; os secretários de Saúde, Sérgio Côrtes, e de Governo, Wilson Carlos. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o episódio pode ter sido uma comemoração antecipada da escolha do Rio como sede da Olimpíada, "por quem mais lucrou com os Jogos".
Corrupção em uso de precatórios
Segundo a PF, Fichtner teria recebido uma propina no valor de R$ 1,6 milhão. Os procuradores investigam um esquema de corrupção no uso de precatórios por empresas que tinham dívidas, tributos e impostos com o governo estadual e também por aquelas que tinham interesse em fazer negócios com o estado. Essas empresas procuravam o escritório de advocacia de Fichtner.
Na ação desta quinta-feira, Cavendish foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento. Ele foi levado, por volta das 6h, de seu prédio na Avenida Delfim Moreira, no Leblon, Zona Sul do Rio.
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, o empresário disse que pagou 5% de propina em dinheiro para Cabral para que a construtora participasse da reforma do Maracanã. Além disso, os agentes da PF e do Ministério Público investigam a participação de Cavendish para a escolha da empresa nas licitações de obras do Rio Tietê, em São Paulo, e da reforma do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio.
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