A campanha nas redes sociais começou na última quarta-feira, dia seguinte à prisão de Danúbia Rangel, mulher do traficante Nem, da Rocinha, na Ilha do Governador.
O post feito na página que seria da irmã dela, Telma Rangel, pede o benefício da prisão domiciliar para Danúbia e cita Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sergio Cabral, como "exemplo''.
"#Campanha, mulher do Cabral em prisão domiciliar. #Danúbia também é digna a (sic) prisão domiciliar!!!'', diz a legenda aplicada sobre uma foto de Danúbia com óculos escuros, top e short jeans. A mensagem traz um pedido em seu enunciado: "Todos por você irmã... Compartilham (sic)". Em cinco dias, o post teve 166 compartilhamentos.
Nos comentários, há mensagens de apoio para a família, críticas à administração de cabral e muitas citações a Deus. "Concordo... Cabral e a mulher acabaram com o Rio.. #Danubiamereceprisaodomiciliar'', diz um deles, seguido de um coração. "Eu apoio!! Adriana Ancelmo roubou milhões, várias pessoas morrendo em hospitais, e ela viajando e comprando joias!!
Todos têm o direito de errar, na primeira Dada ficou muito mas (sic) tempo q ela! E ela mesmo ficando pouco ainda conseguiu uma domiciliar? Pq ela veio da cobertura e a Dada da favela? Cadê a constituição? Não somos todos iguais?'', ressalta outro internauta, fazendo referência à primeira prisão de Danúbia.
Condenada a 28 anos de reclusão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa, a mulher de Nem já havia sido presa em 2014.
Depois de quatro meses, conseguiu o benefício da prisão domiciliar sob a alegação de que precisava cuidar da filha - então com quatro anos -, já que Nem, o pai da menina, também estava preso. Vinte dias depois, teve o pedido indeferido e voltou para Bangu, onde permaneceu por um ano e quatro meses.
Em março de 2016, Danúbia foi solta, após ter sido absolvida em um processo no qual era acusada de associação para o tráfico. Mas, uma semana depois, foi condenada em outro, o que lhe garantiu a sentença de 28 anos de prisão. Desde então era considerada foragida pela polícia.
Mote da campanha em favor de Danúbia, Adriana Ancelmo - investigada por corrupção e lavagem de dinheiro - seguiu para prisão domiciliar em abril deste ano. A Justiça acatou a alegação de que seus dois filhos menores sofriam com a ausência da mãe e do pai, já que Sérgio Cabral também está atrás das grades.
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