A ex-presidente Dilma Rousseff usou o codinome de “Iolanda” em um e-mail enviado ao marqueteiro João Santana, segundo informações da delação premiada dele e da mulher, Mônica Moura.
O e-mail teria sido enviado ao casal quando havia claros indícios de que os dois seiram presos.
“O seu grande amigo está muito doente. Os médicos consideram que o risco é máximo, 10. O pior é que a esposa, que sempre tratou dele, agora está com câncer e com o mesmo risco. Os médicos acompanham os dois, dia e noite", diz a mensagem.
O "grande amigo" seria João Santana e a mulher seria a própria Mônica Moura.
O endereço de e-mail foi criado pela própria Mônica Moura no Palácio do Planalto, após Dilma chamá-la para uma conversa e manifestar preocupação com o avanço da Lava Jato.
"Precisamos manter contato frequente de uma forma segura para que eu lhe avise sobreo andamento da operação, estou sendo informada de tudo frequentemente pelo losé Eduardo Cardoso (então Ministro da Justiça)", teria dito Dilma à marqueteira.
"Combinaram então que se houvesse alguma noticia, com relação ao avanço da operação Lava Jato, notadamente em respeito a Mônica Moura e João Santana, ela avisaria através do e-mail", diz a delação.
Relatos dos delatores indicam ainda que havia uma espécie de sinal para que o casal checasse o e-mail. Dilma enviava mensagem para o celular de Mônica Moura com frases irrelevantes, como “veja aquele filme”, “gostei do vinho indicado”.
Em maio de 2015, preocupada com o avanço da Lava Jato, Dilma encontrou com Mônica Moura no Palácio e pediu que a marqueteira criasse um segundo e-mail secreto.
A conta usada era 2606iolanda@gmail.com
"Em uma sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016, Mônica Moura foi avisada pelo meio secreto (e-mai), que já existia mandados de prisão assinados contra eles", acrescenta um trecho da delação.
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