Eduardo Paes chama Claudi Castro de frouxo

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Chamado de 'frouxo' por Paes, Claudio Castro diz que prefeito 'extrapola a boa convivência' e que negou pedidos de ajuda para construção de delegacias.

O governador do Rio, Claudio Castro (PL), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) — Foto: Arquivo

Prefeito e governador vêm trocando acusações publicamente por causa do tema da segurança pública no Rio.

Em mais um capítulo da briga entre Eduardo Paes e Claudio Castro, o governador afirmou que o prefeito "extrapola a boa convivência" com "agressões pessoais". Em uma publicação nas redes sociais neste domingo (8), Castro criticou pontos da gestão municipal e disse que Paes lhe negou a cessão de espaços para a construção de delegacias e instalação de cabines de segurança.

Desde o início da campanha eleitoral à prefeitura, os dois têm trocado críticas sobre as reponsabilidades e problemas da segurança pública na cidade e no estado, um dos principais temas das eleições.

A publicação de Castro é uma resposta à fala de Eduardo Paes, durante um evento na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, na noite deste sábado (7). Mais uma vez, o candidato à reeleção criticou a segurança pública do Rio e disse que Castro seria "frouxo".

— Eu nunca vi acontecer o que está acontecendo agora. Perderam a autoridade, a moral e, quando os bandidos e delinquentes percebem que o governantes é frouxo, que não tem autoridade, como o caso do governador. Eles usam e abusam — disparou Paes, que estava acompanhado do vice-governador Thiago Pampolha (MDB), rompido com Castro.

Na semana passada, o tema já havia dividindo o prefeito e o governador, que vêm trocando farpas públicas. Neste domingo, pelo Instagram, Claudio Castro disse que o prefeito "não precisa ficar nervoso quando for questionado sobre segurança pública" e que tem que responder pela gestão municipal. O governador criticou problemas de lixo, de população em situação de rua, e da economia na cidade.

Ao final, Castro ainda disse que Paes teria negado pedidos por espaços públicos para construção de delegacias, de cabines e para implantação de programas de segurança:

" Você se lembra de quando me negou ceder espaços públicos para criar um programa de segurança no cinturão turístico da cidade? Você se lembra de quando me negou outros lugares para construir delegacias? Você se lembra de quando me negou logradouros para instalar cabines em áreas da cidade? Eu não me esqueço. Porém, não fiz das suas negativas um instrumento de guerra política. Tenho a dimensão da grandeza dos cargos que ocupamos. Parece que você, infelizmente, vem reiteradamente perdendo essa noção", concluiu Castro.