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Quem é a médica que sequestrou recém-nascida em hospital de Uberlândia?

O blog do Magal - Opinião e Política





Professora federal e médica neurologista: Saiba quem é a mulher que sequestrou recém-nascida em hospital de Uberlândia
Câmeras de segurança registraram o momento em que a mulher saiu do hospital com a criança no colo e entrou em um carro
Quem é a médica que sequestrou recém-nascida em hospital de Uberlândia?

Professora federal e médica neurologista, Claudia Soares Alves sequestrou recém-nascida em hospital de Uberlândia — Foto: Reprodução
Após a Polícia localizar, em Goiás, a recém-nascida que havia sido levada do Hospital da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), a médica neurologista Claudia Soares Alves, de 42 anos, foi identificada como a "falsa médica" que entrou na unidade e levou a menina em uma mochila amarela, na noite desta terça-feira. Ela foi presa em Itumbiara, Goiás, ao ser encontrada com a criança em sua própria clínica, a cerca de 134 quilômetros de distância de Uberlândia.
No carro da mulher, um Toyota Corolla, a Polícia Civil encontrou roupinhas, sapatos e duas bolsas para a criança. Imagens de uma câmera de segurança mostram quando Claudia dirige por uma rodovia e passa por um pedágio para chegar em Itumbiara.


Imagens de uma câmera de segurança mostram quando Claudia dirige por uma rodovia e passa por um pedágio para chegar em Itumbiara. — Foto: Divulgação

No momento da prisão, Claudia teria deixado a criança com uma funcionária da clínica e tentado fugir. À polícia, ela alegou que um surto de ordem psicológica teria a motivado a levar a recém-nascida. A médica foi autuada em flagrante delito pelo crime de sequestro, afirmou a polícia.

Quem é a mulher que sequestrou recém-nascida em hospital de Uberlândia?
Em seu perfil no Instagram, Claudia se apresenta como professora da Universidade Estadual de Goiás há cinco anos. Recentemente, em março deste ano, ela também anunciou que foi aprovada como docente na Universidade Federal de Uberlândia (Medicina-UFU). De acordo com postagens da mulher na rede social, ela tem um filho de 16 anos.

Polícia encontrou, em Goiás, a recém-nascida sequestrada por médica neurologista Claudia Soares Alves — Foto: Divulgação

Claudia se formou em Medicina pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (atual Universidade Federal do Triângulo Mineiro) em novembro de 2004, e se especializou em clínica médica na Universidade Federal de Uberlândia em janeiro de 2007. Cinco anos depois, ela obteve título de neurologista.
Claudia Soares Alves é médica neurologista e foi localizada em clínica própria de Itumbiara, Goiás, com a bebê que havia sido sequestrada em Uberlândia — Foto: Reprodução
Conforme relata seu site profissional, ela é aluna de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás, com foco em Neurologia e doenças desmielinizantes.

Claudia usava jaleco branco, touca, máscara, luvas, óculos de grau, mochila amarela e crachá falso, quando entrou no hospital por volta das 23h23. Ela disse a um funcionário que cobriria o turno de uma funcionária ausente. Logo depois, ao entrar na área da maternidade, falou para a mãe que levaria o bebê para se alimentar no copinho, já que o leite materno não tinha descido. Por conta da demora, o pai foi atrás da menina e descobriu que ela já não estava mais no hospital.
As informações do resgate foram compartilhadas pela delegada da Polícia Civil, Lia Valechi pelas redes sociais nesta quarta-feira, e segundo ela, a criança foi encaminhada para uma unidade de saúde e passa por avaliação.
Em nota enviada ao GLOBO, o HC-UFU afirmou que poucos instantes após o fato, a equipe do hospital acionou a Polícia Militar de Uberlândia e cedeu as imagens das câmeras de segurança requisitadas pela corporação.
"O HC já iniciou apuração interna de todas as circunstâncias do caso e está colaborando com as investigações. A instituição está à inteira disposição das autoridades e da família para a breve solução do caso." diz a nota.
O GLOBO não conseguiu localizar a defesa de Claudia Soares Alves até a publicação desta reportagem.
Em nota enviada ao GLOBO, o Conselho Federal de Medicina não quis comentar a situação, mas reiterou não compactuar com violências e abusos praticados por médicos e não médicos. Veja a nota na íntegra abaixo:
O Conselho Federal de Medicina (CFM) é uma instância de julgamento em grau de recurso. Com a finalidade de assegurar sua isenção, o CFM não comenta casos concretos. Denúncias e queixas relacionadas ao médico no exercício da profissão podem ser apresentadas no Conselho Regional de Medicina do estado onde ocorreram os fatos.
A partir daí, o CRM pode determinar a abertura de uma sindicância. Caso seja confirmada a irregularidade, é iniciado um processo ético-profissional, durante o qual são assegurados o direito à ampla defesa e ao contraditório. Após, o processo é julgado, sendo que, em caso de condenação, o acusado fica suscetível às penalidades previstas em lei.
O CFM reitera ainda ser contrário a qualquer tipo de violência ou abuso praticado por médicos e não médicos, entendendo que cabe às autoridades competentes a condução de investigações específicas para apurar responsabilidades na esfera cível e criminal.

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