O blog do Magal - Opinião e Política
A Polícia Federal (PF) revelou que integrantes da chamada "Abin Paralela" tentaram levantar informações comprometedoras e relações políticas de auditores da Receita Federal que participaram da investigação sobre a suposta "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Na manhã desta quinta-feira (11/7), a PF deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha. O grupo visado é uma organização criminosa que supostamente utilizou os sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e produzir notícias falsas. Desde 2023, a PF investiga o suposto uso ilegal dos sistemas da Abin para espionar desafetos políticos durante o governo Bolsonaro.
Durante a operação de hoje, foi encontrada uma gravação de áudio no computador do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o que pode se tornar uma prova decisiva no caso das rachadinhas envolvendo o senador Flávio Bolsonaro. A gravação revela uma reunião entre Ramagem e Jair Bolsonaro (PL) em que um plano para proteger o senador das investigações sobre desvios de recursos teria sido discutido.
Segundo o jornalista Aguirre Talento, do UOL, as investigações apontam que a gravação, com cerca de uma hora de duração, teria sido feita pelo próprio Ramagem.
Além de Ramagem e Jair Bolsonaro, participaram da reunião o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e uma advogada de Flávio Bolsonaro. O encontro ocorreu em 25 de agosto de 2020.
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