Marisa Monte recebeu o título de doutora honoris causa em uma cerimônia na Universidade de São Paulo, a USP

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Marisa Monte recebeu o título de doutora honoris causa em uma cerimônia na Universidade de São Paulo, a USP
Marisa Monte recebeu o título de doutora honoris causa em uma cerimônia na Universidade de São Paulo, a USP


Artista é a terceira mulher a ser agraciada com a honraria 



Nesta segunda-feira (24), a cantora e compositora Marisa Monte foi oficialmente agraciada com o título de doutora honoris causa pela Universidade de São Paulo (USP). A honraria, aprovada pelo Conselho Universitário no final de 2023, foi entregue em uma cerimônia realizada no auditório do Centro de Difusão Internacional da universidade. 

A indicação de Marisa Monte foi proposta pela professora Carlota Botto, diretora da Faculdade de Educação da USP, e recebeu o apoio da diretora da Faculdade de Medicina, Eloisa Bonfá, e da cardiologista Ludhmila Hajjar, professora titular da mesma instituição. 

Marisa Monte, além de sua reconhecida carreira artística, atua como embaixadora do programa USP Diversa, iniciativa que arrecada recursos e oferece bolsas de estudo a estudantes em situação socioeconômica vulnerável. A artista também criou o Espaço Imaginário Marisa Monte, um ambiente no Instituto do Coração (Incor) dedicado ao conforto emocional dos pacientes, onde são disponibilizados instrumentos musicais, livros e outros materiais. 

Com a honraria, Marisa Monte torna-se a terceira mulher a receber o título de doutora honoris causa na história da USP e a primeira na área de cultura. As outras duas mulheres que receberam esta distinção foram a zoóloga alemã radicada no Brasil, Eveline Du Bois Reymond Marcus, e a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, cujo nome é associado à lei que combate a violência contra a mulher. 

Em seu discurso, Marisa reforçou a importância dos direitos autorais:

"Hoje, reconheço que a minha voz ecoa além dos palcos e da música. E eu tenho o dever de zelar pelo patrimônio intelectual e cultural do meu país. A revolução tecnológica dos últimos tempos impôs enormes desafios a defesa dos direitos autorais e a proteção dos criadores, perante a ganância das grandes corporações globais de tecnologia, que cresceram muito e rapidamente no vácuo de regulamentação (...) Vale lembrar que os direitos autorais, além de direitos constitucionais brasileiros, são também reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos"

Antecedendo a cerimônia, no sábado (22), Marisa Monte realizou um show gratuito na cidade universitária em celebração aos 90 anos da Universidade de São Paulo. O evento contou com a participação da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP) e do cantor Arnaldo Antunes, atraindo milhares de espectadores à Praça do Relógio. 
 

O discurso de Marisa Monte, na íntegra: 

"Diante do magnífico reitor da Universidade de São Paulo, o professor e doutor Carlos Gilberto Carlotti Junior, dos membros do colendo conselho universitário, das autoridades e do público presente. Eu, Marisa Monte, declaro aceitar o honroso título de Doutora Honoris Causa, da Universidade de São Paulo, prometendo honrar esse título e grau que me são outorgados. 
 
Receber o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de São Paulo é uma honra indescritível e um reconhecimento que enche o meu coração de orgulho e emoção. Em 90 anos de existência, a USP outorgou 123 títulos de Doutor Honoris Causa. Sou a terceira mulher e a primeira na área de cultura.  

Sendo que, antes de mim, receberam tal honraria duas cientistas: a bióloga Eveline Du Bois, em 1974, e a farmacêutica Maria da Penha, em 2023, que transformou a luta contra a violência doméstica no país. 

E como a primeira mulher no campo das artes, é uma honra estar aqui representando as mulheres que ao longo da história têm desempenhado um papel fundamental na construção da nossa cultura. Hoje, eu tenho a oportunidade de compartilhar com vocês a minha profunda gratidão pela música, pela arte, pela cultura, pela educação. Através da minha voz e das minhas canções, eu tive a sorte de tocar os corações de tantas pessoas ao redor do mundo. E, agora, ser reconhecida por uma instituição tão prestigiosa como a USP é algo que me deixa sem palavras. 

A música sempre foi a minha maior paixão. Minha forma de expressar minhas emoções e as minhas reflexões. Cada melodia, cada verso é uma oportunidade de compartilhar uma parte de mim com o mundo. De criar conexões, de transmitir mensagens de amor, de igualdade e de esperança. Receber esse título é uma prova de que a arte tem o poder de impactar vidas, de despertar consciências e de promover mudanças. É um reconhecimento não apenas da minha trajetória artística, mas também ao poder da música como ferramenta de transformação social. 

Nas últimas semanas, enquanto eu me preparava para o dia de hoje, eu tive a oportunidade de refletir sobre a minha história, minha formação, meus valores e sobre os fatores que me trouxeram até aqui. Nasci no Rio de Janeiro, sou a terceira filha de Sylvia Marques de Azevedo e de Carlos Saboia Monte, antecedida pelas minhas duas irmãs Lívia e Letícia. Na minha casa, sempre se contava que na minha primeira infância, eu era uma criança muda. Até os quatro anos, eu prestava atenção em tudo e quase não falava nada. 

Porém, quando eu comecei a me comunicar, já falava frases inteiras, expressava bem as minhas ideias e, dali pra frente, nunca mais me calei. 
Maria callas dizia que “o canto é a imitação”, que a gente canta o que a gente ouve. E eu percebo que o sentido auditivo sempre foi central na minha formação. Além da escuta, os motores do meu conhecimento foram a curiosidade, o interesse, a observação e o amor. E o amor nutriu o dom pela música que sempre me atraiu de uma forma especial. 

Eu não podia ver ninguém com um instrumento na mão sem me sentar ao lado. Estava sempre ouvindo os LPs dos meus pais, Paulinho da Viola, Cartola, Nelson Cavaquinho, Clara Nunes, Novos Baianos, entre tantos outros deuses da música brasileira soavam direto lá em casa.  
Aos 9 anos, eu ganhei o meu primeiro instrumento: uma bateria. Sim, o meu pai era diretor cultural da Escola de Samba da Portela e, como eu gostava de sambar, diziam que eu tinha ritmo. Então, eu tive essa ideia da bateria. Além de bateria, eu tive aula de piano e estava sempre cantando na escola. E logo os meus amigos todos pediam pra eu cantar. Aos 14 anos, ingressei nas aulas de teatro do Colégio Andrews e, a partir de então, nas aulas de canto lírico. Nos anos seguintes, durante a minha adolescência, eu ouvia de tudo: música clássica, ópera, pop contemporâneo, reggae, rock, jazz, música africana e tudo, simplesmente tudo, de música brasileira produzida até então. Lupicínio, Lamartine, Erivelton, Assis Valente, Carmen Miranda, Dalva de Oliveira, Mário Reis, Francisco Alves, Orlando Silva, Caymmi, entre tantos outros.  
 
Na época, era difícil ter acesso a um repertório antigo e eu buscava LPs em sebos, em casas das avós, na Funarte, no Museu da Imagem e do Som, nas feiras de ruas, em busca de conhecer todos os músicos que haviam feito história no Brasil, até então. Ao mesmo tempo, eu comecei a tocar com amigos em bares, pequenos shows, até concluir o segundo grau, fazer vestibular e ingressar na Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro. 
 
Aos 18 anos, tranquei a faculdade e fui para a Itália, onde passei um ano estudando canto lírico. E essa experiência foi fundamental para que eu visse o Brasil de fora, pela primeira vez, e também o Brasil dentro de mim.  
 
Eu ouvia música brasileira o dia inteiro, na Itália, Caetano, Djavan, Gilberto Gil, João Gilberto, e também me pediam para cantar música brasileira. Tive certeza então que seria impossível abrir mão do meu país e que tinha muito mais a fazer aqui do que no mundo do bel canto.  
 
A minha cultura era o que eu tinha de melhor a oferecer ao mundo. Estávamos num momento de transição política no Brasil, havia liberdade de expressão inédita na minha vida, até então, e a minha geração ocupava o seu espaço aos gritos no Rock Brasil.  
 
E, ao voltar ao Brasil, tudo aconteceu muito rápido. Entre o meu primeiro show no Jazzmania, dirigido por Nelson Motta, em setembro de 87, e o lançamento do meu primeiro álbum gravado ao vivo, em janeiro de 89, cantei pela primeira vez aqui em São Paulo, no teatro do maior museu da cidade, o Masp. E dali pra frente, o mundo se tornou a minha escola, como diria o profeta Gentileza. 

Ao começar a minha carreira tão precocemente e com todas as responsabilidades que isso envolve, tive que aprender tudo na prática e de ouvido. Tive muita sorte de encontrar mestres incríveis pelo caminho, cito novamente Nelson Motta e, claro, Leonardo Neto, meu empresário e parceiro por 28 anos, e André Midani, mestre de todos os mestres. Eles me guiaram e me ensinaram a escolher os melhores profissionais para me orientar no que fosse necessário.  

Vejo que a minha trajetória que começou da voz se expandiu ao longo dos anos abrangendo um campo cada vez mais amplo. Da voz, passei para a composição e encontrei parceiros de vida, como Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, entre outros grandes nomes da minha geração. E logo, minhas canções que iam além do meu próprio repertório, foi servindo também a outros artistas. Comecei então a produzir álbuns. Primeiramente, os meus, junto com Arthur Lindsay, e depois também para outros artistas, como o meu parceiro Carlinhos Brown, a velha guarda da Portela, Os Tribalistas, o grande sambista Argemiro Patrocínio e o grande violinista Cézar Mendes, entre tantos outros. 
 
E foi assim que eu mergulhei no universo criativo de outros seres, novamente colocando a minha escuta a serviço do outro, tentando traduzir sentimentos e desejos alheios. Eu sabia, através da convivência com os mestres da velha guarda da Portela, sobre a existência de canções que estariam se perdendo, presentes somente na tradição oral e na memória dos antigos bambas. A paixão e a curiosidade me levaram a explorar o mundo da pesquisa.     Entrevistei dezenas de sambistas numa verdadeira arqueologia musical, resgatando histórias, sentimento e a alma presentes em verdadeiras obras-primas.  

E, assim, eu produzi três álbuns devotados a maior expressão musical do Brasil, além do filme “O Mistério do Samba”, sobre o universo e a relação pura com a arte desses grandes mestres.  
 
Eu sempre também tive uma visão patrimonial da minha obra, fundei meu próprio selo e minha própria editora musical, desde cedo. Tornei-me referência em gestão e liberdade artística. Procurei expandir ainda mais o meu universo, dialogando com outras áreas de criação e convidando artistas plásticos e visuais, como Ernesto Neto, Beatriz Milhazes, Vik Muniz, Luiz Zerbini, Jonathas de Andrade, Lucia Koch, Marcos Chaves, Giovanni Bianco, Marcela Cantuária, Batman Zavareze, entre tantos outro incríveis artistas brasileiros para colaborar comigo em shows e nos projetos gráficos, dando forma, luz e cor às minhas canções. 
 
E, no mundo do audiovisual: Walter Salles, Cláudio Torres, Breno Silveira e Lula Buarque de Hollanda, entre tantos outros.  

A música permitiu que eu viajasse pelo mundo todo, conhecesse lugares que jamais pensei em ir, encontrasse artistas de todas as culturas e me conectasse através da música, essa linguagem universal, com pessoas de todos os continentes.  

Vejo que pra ser cigarra tive que ser muito formiga. Trabalhei muito, passei horas e horas da minha vida em ensaios, gravações, voos, estradas, longe de casa e dos meus familiares e amigos, levando a música e beleza da cultura brasileira mundo a fora. 

Sempre recompensada pela alegria de comungar com o meu público, de celebrar o encontro e de se emocionar e cantar junto com a multidão. Hoje, reconheço que a minha voz ecoa além dos palcos e da música. E eu tenho o dever de zelar pelo patrimônio intelectual e cultural do meu país. A revolução tecnológica dos últimos tempos impôs enormes desafios a defesa dos direitos autorais e a proteção dos criadores, perante a ganância das grandes corporações globais de tecnologia, que cresceram muito e rapidamente no vácuo de regulamentação.  
 
Tenho trabalho intensamente na interlocução com as instituições brasileiras, junto com artistas e ativistas da Associação Procure Saber, que reúne alguns dos maiores artistas brasileiros, aqui representados pela presidente de associação, Paula Lavigne. Agradeço também ao apoio do Ministério da Cultura, também representado aqui pela presença do secretário de direitos autorais, Marcos Souza, que tem trabalhado incansavelmente pela causa. 

Vale lembrar que os direitos autorais, além de direitos constitucionais brasileiros, são também reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Bom, e é com toda essa bagagem que eu chego, hoje, na USP, a maior instituição de ensino brasileira, entre as 100 melhores do mundo, reconhecida nacional e internacionalmente pela excelência no ensino, na pesquisa, na inovação e na formação de pessoas. A USP também se destaca pelo seu compromisso com a inclusão social por meio da educação. Hoje, 55% dos alunos da USP são oriundos dos programas de cotas e isso enriquece o debate acadêmico, reflete melhor a realidade brasileira. Dos 60 mil alunos, mais de 30 mil são cotistas. Desses, segundo o critério de vulnerabilidade socioeconômica, 17 mil necessitam de apoio financeiro para poder concluir os seus estudos. Em 2022, fui convidada para dar voz e visibilidade a essa causa pelo professor  Carlotti, que me incubiu do desadio como embaixadora do Programa USP Diversa, de buscar recursos junto à sociedade civil para garantir bolsas de permanência para os alunos cotistas.  

Em um ano e meio de trabalho, estruturamos um fundo patrimonial com a finalidade específica de garantir essas bolsas. Mas, isso ainda é muito pouco pra nós, sonhamos muito mais. Percebemos que resolver essa questão na USP não seria suficiente para o Brasil. Temos agora nos empenhado em transformar as bolsas de permanência em política pública. Para isso, tenho usado minha influência para buscar interlocução junto ao governo federal, representado aqui hoje pela primeira-dama, Janja Lula da Silva. Janja que tem sido uma incrível interlocutora e também é entusiasta da causa da causa da educação e da inclusão. E também com membros do parlamento brasileiro, representado aqui hoje pelo senador Randolfe Rodrigues, pelo Ministério da Educação, representado pela professora Denise Pires de Carvalho. E também com membros do judiciário, representado pelo excelentíssimo Ministro do STJ, Benedito Gonçalves.  
 
Tenho muita fé que vamos conseguir sensibilizar os governantes do Brasil para fazer mais pela educação e pela justiça social. Não há quem duvide que essa é uma questão central para o desenvolvimento e para o futuro do Brasil. Seria natural que eu recebesse esse título pela Escola de Comunicação e Artes, representado pela professora Brasilina, mas receber o título de Honoris Causa pela faculdade de educação tem um significado todo especial pra mim.  

Sou madrinha da Escola Mirim da Portela, junto com Paulinho da Viola, há mais de 20 anos e posso testemunhar o poder que a arte e a educação juntas exercem sobre a vida das pessoas. Agradeço também a presença do presidente da escola mirim Filhos da Águia, Celsinho de Andrade. 

Eu represento a união da cultura com a educação, valores indissociáveis, que juntos tem o poder de transformar o universo ao nosso redor. Por isso, agradeço à professora Carlota Boto, diretora da faculdade de educação, que propôs e defendeu a ideia do meu nome para receber essa distinção.  Também agradeço pelas palavras e pelo resumo brilhante da minha trajetória que ela fez. Sou muito grata pela sua generosidade e por ser minha parceira e guia na orientação da minha primeira aluna de doutorado, minha querida Lívia, que é uma atual contemporânea, eco feminista, do bairro de Pirajá, em Salvador, e diretora do Instituto Oyá, que está desenvolvendo sua pesquisa de doutorado sobe o impacto do aprendizado de artes da capacidade cognitiva em crianças do ensino fundamental. 

Agradeço especialmente a minha querida amiga, Ludhmila Hajjar, que abriu as portas da USP pra mim, sendo elo e me dando a oportunidade de fazer mais ainda. Eu conheci a Ludhmila vendo um vídeo que circulou nas redes no ano de 2021, no qual ela tocava violão e cantava “Amor, I love you” para sua então paciente, Dilma Rousseff. E me chamou atenção aquela médica que tocava e cantava pros seus pacientes. Algum tempo depois, nos conhecemos pessoalmente e nossas conversas logo chegaram às afinidades entre a medicina e a música como fonte de cura e bem-estar. Contei pra ela que nesses anos todos de atividade profissional escutei incontáveis relatos de fãs que sentem alívio nos sintomas físicos e emocionais ouvindo as minhas músicas. Então, juntas sonhamos com um centro cultural dentro do maior hospital público do Brasil e, assim, nasceu o Espaço Imaginário Marisa Monte que funciona no quinto andar do InCor, no complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. E esse projeto que está completando um ano, está revolucionando a vida dos pacientes, funcionários e familiares, levando oficinas de música, literatura e artes visuais, oferecendo instrumentos musicais e uma linda biblioteca que leva amor, esperança e alívio de sofrimento. Agradeço todos os dias pelo encontro com essas duas mulheres e professoras titulares da USP. 
 
Eu diria que o meu infinito particular ganhou uma nova dimensão ao incluir planos de um futuro junto à Orquestra Sinfônica da USP, à Orquestra de Câmara da USP, junto ao Espaço Imaginário Marisa Monte, ao Programa USP Diversa, à Faculdade de Educação e ao que mais vier. 

Prometo que continuarei a honrar esse título, utilizando a minha voz e a minha música para inspirar, para despertar consciências e para promover um mundo mais justo e igualitário. Continuarei a compartilhar minha arte com paixão e autenticidade, sempre buscando novas formas de expressão e de conexão com o público. Mas, esse momento não seria possível sem o apoio, carinho e compreensão da minha família. Dos meus pais, que me ensinaram o valor da cultura e da educação desde cedo. Das minhas irmãs, pelo carinho e cuidado. Do meu amor, Diogo, meu porto seguro. Dos meus adorados filhos, Mano e Helena, que sempre me incentivam e torcem por mim, mesmo muitas vezes se sacrificando com a minha ausência.  

A música é uma forma de arte coletiva que envolve horas e horas da vida de muitas pessoas, por isso, agradeço imensamente à minha equipe, ao meu empresário Simon Fuller, ao nosso braço direito, Maria Fortes, à minha banda (Dadi, Davi Moraes, Pupillo, Pretinho da Serrinha) e a todos os músicos, técnicos e parceiros que não medem esforços para oferecer sempre o melhor. E aos meus amigos, pela lealdade. E aos meus fãs, pela generosidade de receber isso tudo.  

Esse título é de todos aqueles que me acompanharam ao longo da minha carreira, que acreditaram em mim e que se emocionaram com a minha arte. A música tem o poder de nos unir, de nos tocar, de nos lembrar da nossa humanidade compartilhada. Que possamos continuar a valorizar a arte, a educação, a cultura, construindo um mundo mais sensível, mais inclusivo e mais solidário. 

Muito obrigada a todos pelo apoio, pelo carinho e por essa honra. 

Que a música continue a tocar nossos corações e a inspirar nossas vidas."

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