Cariocas viram reféns da violência no Centro do Rio |
O silêncio de Claúdio Castro revela não só sua incompetência, como a submissão a banda podre da Alerj
A
insegurança sem resposta do Estado alimenta plataformas políticas da extrema
direita
O governador do Rio não deu palavra sobre os recentes casos de
ataques e furtos em Copacabana, espetacularmente flagrados por câmeras e
exibidos à farta na internet. Cláudio Castro —que trocou o comando da polícia
por pressão de deputados e recriou a Secretaria de Segurança para abrigar um
aliado de Flávio Bolsonaro— deve achar que nada tem a ver com o bode. Ou está
mais interessado na candidatura de Alexandre Ramagem a prefeito.
A
situação é um combustível para plataformas políticas, sobretudo as de extrema
direita, que visam o Planalto e os palácios estaduais.
Em 2018 a televisão exibiu um Carnaval marcado por arrastões. O
prefeito Marcelo Crivella estava na Europa. Os índices de violência se
mantiveram estáveis, mas as imagens fortes motivaram a intervenção comandada
pelo general Braga Netto e o fortalecimento político dos militares.
Igual a 2015, ressurgem os justiceiros, armados com tacos e
socos-ingleses, que prometem fazer uma limpeza na zona sul da cidade. No
roteiro previsível, tramita na Alerj um projeto de deputado bolsonarista para
criar a função de guardiões da segurança. Ou seja, legalizar a milícia.
Deixe sua opinião