Jair Bolsonaro em vídeo no qual diz que apoia manifestação de apoiadores na Avenida Paulista — Foto: Reprodução
Bolsonaristas estão preparando para uma manifestação na Avenida Paulista no domingo, 26, segundo eles, em defesa do “estado democrático de direito”, dos “direitos humannos" e da “memória de Cleriston da Cunha” — morto na segunda, 20, após um mal súbito na Papuda, em Brasília, ele era um dos apoiadores de Jair Bolsonaro presos pelo STF desde janeiro por participar de atos golpistas. Registre-se que é o primeiro ato bolsonarista em que os "direitos humanos" são invocados.
Nas balizas estipuladas pelo próprio movimento de apoio ao ex-presidente, o ato será como um “teste definitivo” para a adesão às suas trincheiras. Motivo: o entorno de Bolsonaro tem justificado a falta de bolsonaristas nas ruas, em protestos marcados recentemente (como no Dia da Independência e na Proclamação da República), a partir da falta de endosso das lideranças a esses atos — sobretudo o do próprio Bolsonaro.
Agora esse motivo deixará de existir. Num vídeo divulgado há pouco, Bolsonaro aparece dizendo que apoia a manifestação de domingo. Líderes evangélicos, como Silas Malafaia, fazem coro. Repetem o chamado parlamentares bolsonaristas, a exemplo de Magno Malta, Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer e André Fernandes.
É a primeira convocação ampla após o 8 de janeiro. Desta vez, no entanto, há uma preocupação em rotular, desde já, o evento como “pacífico”.
Se a Paulista não estiver cheia como aconteceu em outros momentos, sobretudo durante o governo Bolsonaro, o apoio minguante ao político ficará ainda mais evidente. Será um teste de fogo.
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