O empresário Thiago Brennand deve começar a fazer, hoje, a viagem de volta ao Brasil para cumprir a prisão preventiva por casos de estupro e violência física, em função de cinco mandados expedidos pela Justiça paulista. Uma equipe da Polícia Federal (PF) desembarcou, ontem, em Dubai, nos Emirados Árabes, para realizar a etapa final do processo de extradição.
Plano de fuga
Desde 17 de abril Brennand está preso em Abu Dhabi, para onde a equipe da PF viajará após o desembarque. Ele estava em liberdade condicional, após pagamento de fiança, mas o serviço de inteligência da polícia local descobriu um suposto plano de fuga para a Rússia, onde já morou e tem amigos. Na quarta-feira, a Embaixada do Brasil nos Emirados Árabes recebeu a autorização para a extradição do empresário.
Chegando ao Brasil, Brennand deve ser levado à presença de um juiz para audiência de custódia, sendo em seguida encaminhado para um Centro de Detenção Provisória (CDP), provavelmente na capital, para iniciar o cumprimento das prisões preventivas. Antes, deve passar pelo chamado exame médico cautelar em unidade oficial. Pedidos da defesa do réu para que responda aos processos em liberdade já foram negados pela Justiça.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) informou que, com a presença de Brennand em solo brasileiro, o andamento das ações penais abertas contra ele será acelerado, “bem como as demais investigações que estão em andamento no âmbito do Ministério Público”.
Procurada, a defesa do empresário não se manifestou. Brennand passou a ser alvo da justiça depois de ser flagrado por câmeras de segurança agredindo a modelo Helena Gomes, em uma academia de ginástica, no interior de um shopping, em São Paulo. Depois da repercussão do caso, várias mulheres procuraram a Justiça para denunciá-lo por estupros e outros abusos. Em um vídeo postado numa rede social, Brennand negou os crimes.
Segundo Helena, a volta de Brennand é um sinal de que a Justiça “está acontecendo”. “A importância desse caso não está só na prisão dele, mas de as mulheres acreditarem que a Justiça pode ser feita”, comentou.
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