Cúpula do governo teme que CPI mista impacte de forma negativa agenda prioritária do Executivo, como arcabouço fiscal e reforma tributária
Com a expectativa da criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, o Palácio do Planalto mapeia as primeiras estratégias para a condução do colegiado. E o mais importante: evitar que o debate político impacte, de forma negativa, a agenda de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Inicialmente, o governo era contra a instalação do colegiado por entender que os atos já eram investigados pela Justiça. Porém, a cúpula mudou o discurso após a revelação de imagens do circuito interno de segurança do prédio da Presidência no dia da invasão dos criminosos.
Os vídeos mostram que integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), incluindo o agora ex-ministro Gonçalves Dias, podem ter sido negligentes durante os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.
Por isso, o Executivo articula com lideranças a participação de parlamentares da base em uma eventual CPMI. O governo mapeou que terá direito a 21 das 32 cadeiras do colegiado, sendo 11 no Senado e outras 10 na Câmara.
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