Essa é a primeira agenda estratégica para a democracia brasileira
O PL das Fake news
Essa é a primeira agenda estratégica para a democracia brasileira. Nao é novidade que a extrema direita fascista comandada pela bancada evangélica e os fascistas do pL estejam contra.
A extrema direita vê a ciência, a educação e a cultura como ameaças, atua no sentido de neutralizar o papel de cientistas, intelectuais e artistas na construção de uma sociedade democrática, Nesse sentido o PL é hoje o partido fascista do Brasil.
Essa é a primeira agenda estratégica para a democracia brasileira em
pauta no Congresso. Um exemplo do que é a grande política trata da fundação e
conservação do Estado, da manutenção de determinadas estruturas
econômico-sociais ou sua destruição. O conceito de hegemonia do pensador
italiano Antonio Gramsci é bastante reconhecido, porque descreve como o Estado
usa, nas sociedades ocidentais, seus aparatos ideológicos para conservar o
poder: a religião, a escola, os meios de comunicação etc. No seu conceito de
hegemonia, porém, o pleno exercício do poder político está associado à
liderança moral da sociedade.
Numa leitura reacionária dessa abordagem, por essa razão, a extrema direita vê
a ciência, a educação e a cultura como ameaças, atua no sentido de neutralizar
o papel de cientistas, intelectuais e artistas na construção de uma sociedade
democrática, do desenvolvimento sustentável, do acervo técnico-científico e da
identidade cultural do país. Mesmo que para isso seja necessário recorrer à
força.
O jornalista e cientista político da Universidade de São Paulo (USP) Oliveiros
S. Ferreira, já falecido, escreveu um livro sobre o conceito de hegemonia no
qual se remete à Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que conflagrou a Europa.
Nela, um pequeno grupo de 45 cavaleiros húngaros, com suas armaduras, durante
seis meses aterrorizou o condado de Flandres, a região flamenca da Bélgica.
Repete uma indagação de Gramsci sobre esse episódio: como o conseguiram? Como e
por que o grande número, mais forte, se submete ao pequeno?
Golpismo
Ideólogo do pensamento conservador no Brasil, Oliveiros Ferreira foi um
estudioso do protagonismo dos militares na história republicana e crítico do
castilhismo golpista. Num artigo para o jornal O Estado de S. Paulo, de 26 de
junho de 1988, intitulado “O reconhecimento da derrota”, ele resgata uma carta
do general Góes Monteiro ao jurista liberal Sobral Pinto, na qual o então
ministro da Guerra, em abril de 1945 — ou seja, pouco antes do fim do Estado
Novo —, reconhece a derrota do “partido fardado” diante de uma nação “que não
compreendia e que nunca poderia compreender”. Segundo ele, porque trouxera da
Escola Militar “um modelo de tirania esclarecida”.
“Eu reclamava poder, ordem, disciplina e ardor para, em 10 anos pelo menos,
como recorda V.Exa., preparar a nova elite e poder modificar as condições de
ignorância e miséria das massas, responsáveis pelo aviltamento da prática
constitucional”, lamentava o general do Estado Novo. O ex-presidente Bolsonaro
tentou mobilizar seus cavaleiros húngaros três vezes, no 7 de Setembro de 2019,
no dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e no 8 de janeiro.
Em nenhuma delas conseguiu que as Forças Armadas vestissem as armaduras
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