A revista francesa L'Express que chegou às bancas nesta semana aborda a crise humanitária do povo Yanomami, depois que imagens de indígenas subnutridos viralizaram nas redes sociais e chocaram o mundo. "Lula na cabeceira dos yanomamis" é o título de uma matéria assinada pela correspondente do semanário no Brasil, Chantal Rayes.
O texto destaca que o presidente brasileiro visitou o território povoado por cerca de 30 mil indígenas, entre o Roraima e o Amazonas, decretando estado de emergência sanitária e acusando Jair Bolsonaro de genocídio. Segundo o líder petista, o ex-chefe de Estado encorajava o garimpo em terras yanomamis.
L'Express explica que, historicamente, essa é a etnia indígena mais castigada pela extração ilegal de minérios no Brasil.
"Desde a corrida do ouro, nos anos 1980, milhares de garimpeiros invadiram o território yanomami, arrasando aldeias e espalhando doenças", diz a matéria.
A revista lembra o terrível massacre de Haximu, em 1993, quando 16 indígenas, entre eles um bebê, foram assassinados, e aponta que os mineradores ilegais se impõem pela violência. Uma situação sobre a qual Bolsonaro deveria estar a par, já que "foi garimpeiro em sua juventude", ressalta a publicação.
Atualmente, 20 mil garimpeiros ocupam o território desta etnia. "Sua atividade compromete a produção alimentar dos nativos, baseada na caça, pesca e colheita", reitera L'Express.
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