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Exército pode expulsar bolsonaristas de QG após vandalismo em Brasília

Bolsonaristas em frente a quartel pedindo intervenção militar para barrar a posse de Lula em janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)
Bolsonaristas em frente a quartel pedindo intervenção militar para barrar a posse de Lula em janeiro

(REUTERS/Pilar Olivares)

  • Permanência de acampamentos bolsonaristas será reavaliada após vandalismo em Brasília;

  • Segundo secretário de Segurança, parte dos responsáveis acampava em frente aos quartéis;

  • Manifestantes queimaram carros e ônibus, depredaram prédios e tentaram invadir a sede da PF.

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou nesta terça-feira (13) que a permanência de acampamentos bolsonaristas em frente aos quarteis será “reavaliada” após os atos de vandalismo que aconteceram na noite de ontem (12) em Brasília.

Na ocasião, manifestantes queimaram carros e ônibus, depredaram prédios públicos e privados, travaram o trânsito nas vias e tentaram invadir a sede da Polícia Federal. Os protestos aconteceram após a prisão de um indígena que apoia Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o secretário, parte dos autores dos ataques fazem parte de um acampamento que se alojou em frente ao Quartel General do Exército e a permanência deles no local também será analisada.

Aliados do mandatário chegaram a rebater, sem provas, as acusações de que os manifestantes são bolsonaristas – afirmação que cai por terra após a declaração de Júlio Danilo.

"Parte desses manifestantes, a gente não pode garantir que são todos que estejam lá porque alguns podem residir inclusive na cidade e em outros locais, mas parte realmente estava no QG, no acampamento, e participaram desses atos. Quem for ali identificado será responsabilizado", declarou.

Apesar da sinalização de que o acampamento bolsonarista poderá ser desmontado, as ações das polícias do DF têm uma limitação e devem ser feitas em conjunto com as Forças Armadas.

"Esse acampamento se encontra em uma área militar, sob jurisdição militar, e todo ato de atuação e intervenção tem que ser em coordenação com as Forças Armadas, no caso lá o Comando do Exército", explicou.

Os acampamentos foram criados após a derrota de Bolsonaro nas urnas, em 30 de outubro. Apoiadores do atual presidente permanecem em frente aos quartéis para pedir um golpe militar às Forças Armadas, de forma que Lula (PT) não tome posse.

Júlio Danilo esteve acompanhado na coletiva de imprensa pelo delegado Andrei Passos, coordenador da equipe de segurança de Lula e futuro chefe da Polícia Federal, e do senador eleito Flávio Dino (PSB), futuro ministro da Justiça que já havia garantido, mais cedo, que os autores dos atos de vandalismo seriam responsabilizados.




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