A senadora Simone Tebet (MDB), ao anunciar voto no ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) no segundo turno à Presidência da República afirmou que, neste momento da história brasileira, não cabe omissão da neutralidade. O discurso foi feito horas depois do seu partido liberar seus diretórios para apoiar quem quiser na corrida ao Palácio do Planalto.
"Não anularei meu voto, não votarei em branco. Não cabe a omissão da neutralidade", declarou. Ela enfatizou que até o dia 30 de outubro estará nas ruas vigilante. "Meu grito será pela defesa da democracia e por justiça social; minhas preces, por uma campanha de paz", emendou.
A campanha do PT espera que a senadora se engaje ativamente na campanha, inclusive por meio de participação nas propagandas eleitorais. Tebet aguarda, no entanto, um aceno público da legenda em defesa das cinco propostas de governo apresentadas a Lula.
Nesta tarde, durante seu pronunciamento aos jornalistas, Tebet disse que mantém as críticas feitas a Lula, mas reitera seu voto ao ex-presidente apesar de ter sido vítima da campanha pelo voto útil por parte do PT. À época, ela fez críticas ao movimento e o definiu como “desrespeito à democracia”.
“Meu apoio não é por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos, inclusivo, generoso, sem fome e sem miséria, com educação e saúde de qualidade, com desenvolvimento sustentável. Um Brasil com reformas estruturantes, que respeite a livre iniciativa, o agronegócio e o meio ambiente, com comida mais barata, emprego e renda", declarou.
No pronunciamento feito hoje, Tebet disse ter apresentado sua candidatura diante de um país dividido pelo discurso do ódio e da polarização ideológica, mas o eleitor “optou por dois turnos”. Segundo ela, “as urnas falaram e o povo brasileiro fez sua voz ser ouvida”. “Cumpriu-se o rito da Constituição, que hoje completa 34 anos. Venceu a democracia”, emendou.
Em crítica ao governo Bolsonaro, Tebet afirmou que nos últimos quatro anos o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. “A negação atrasou a vacina. A arma ocupou o lugar do livro. A iniquidade fez curvar a esperança. A mentira feriu a verdade”, emendou. Ela disse ainda que o Brasil voltou ao mapa da fome e o orçamento tornou-se secreto - duas falas que são frequentemente abordadas por Lula.
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