Vivemos nesses quatro anos no Brasil como também na América Latina, um radicalismo tolo. Deixamos de perceber o que construímos até aqui e o quanto podemos melhorar. Arruinamos nossas relações e questionamos nossas instituições como se elas fossem um mal. A culpa não é das normas, dos órgãos representativos e sim das pessoas.
O empobrecimento humano
sempre se descobre em tempos de crise. A nossa condição de compreender o que
está a nossa volta e o interesse de superar os dilemas acaba por ser
determinante de onde vamos chegar. Se não somos capazes de compreender a
complexidade dos que nos cerca dificilmente iremos além do lugar onde estamos.
Nossas reações são imediatistas. Nossa lógica é pobre.
A possível notar o quanto
as paixões desenfreadas falam mais alto. A ascensão de lideranças evangélico-políticas
aparentemente opostas ao que vivemos fez surgir o extremismo no país. O combate
ao paternalismo de retórica de esquerda que tivemos durante mais de três
mandatos do Partidos dos Trabalhadores (PT) é combatido com a mesma prática
militante. Os defensores do governo que termina agiram da mesma forma
deliberada com essa prática militante e de aparelhamento da máquina pública.
Quem não se lembra dos pastores no Ministério
da Educação?
Este tipo de prática não nos
levou a lugar algum. Trocamos as falas pelos atos. E os atos falam mais alto. A
maneira como conduzimos o poder demonstra a lógica que defendemos. Não pensem
que estamos diante de um diálogo democrático e buscamos preservar o ambiente
independente dos posicionamentos. A tarefa do nascente governo Lula é não repetir
erros do passado e formar um governo mais amplo possível, para que possamos avançar
mais na democracia e extirpar esse fundamentalismo asqueroso e perigoso que no
governo Bolsonaro teve as portas escancaradass para entrar no poder.
E por fim lembrai-vos da
frase do ministro Joaquim Barbosa:
“Cuidado com esses
pastores, vocês estão sendo enganados".
Colocam os fiéis no gueto
e na restrição e vivem nababescamente. Acordem!
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