Advogada e pastora brasileira; Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do Brasil
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos tem três dias para prestar informarções sobre todas as denúncias de violência contra crianças que recebeu desde 2016, determinou a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão nesta terça-feira (11).
O pedido acontece depois da repercussão de uma fala de Damares Alves (Republicanos) sobre possíveis casos de abuso sexual infantil.
A aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleita senadora pelo DF no dia 2 de outubro, primeiro turno das eleições deste ano.
De acordo com o portal UOL, a solicitação da Procuradoria inclui que as denúncias devem ser reportadas "detalhadamente" e incluiu as "em trâmite ou não, nos últimos sete anos (2016-2022), envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis".
Em um culto com crianças no último fim de semana, a ex-ministra falou, sem apresentar provas, sobre os casos de abusos sexuais que teriam sido cometidos contra crianças na Ilha de Marajó, no Pará.
"Eu vou contar uma história para vocês, que agora eu posso falar. Nós temos imagens de crianças brasileiras de três, quatro anos que, quando cruzam as fronteiras, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral", relatou. Ela disse ainda que as meninas e meninos comem comida pastosa "para o intestino ficar livre na hora do sexo anal", afirmou ela.
Ainda conforme registro do portal UOL, de acordo com o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, as afirmações da ex-ministra causaram "preocupação e perplexidade, em especial porque pode se tratar de informações sigilosas às quais se teve conhecimento em razão do cargo público então ocupado".
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