Desde a chegada da Covid-19 no Brasil, o presidente foi autor de frases infelizes e insensíveis
Em abril de 2020, Bolsonaro disse: 'Ô, ô, ô, cara. Quem fala de... Eu não sou coveiro, tá?'
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (12) que se arrepende de certas falas dadas ao longo da pandemia da Covid-19 e não as repetiria. A declaração ocorre a 20 dias do primeiro turno eleitoral, no qual ele concorre à reeleição, e foi feita na participação dele em um pool dos podcasts Dunamis, Hub, Felipe Vilela, Positivamente, Luma Elpidio e Luciano Subirá. Segundo os apresentadores, o público-alvo da live eram os "jovens evangélicos".
"Eu dei uma aloprada. Os caras [imprensa] batiam na tecla o tempo todo e queriam me tirar do sério", justificou. Depois, demonstrou arrependimento de dizer que não era "coveiro" no início da pandemia. No entanto, seguiu defendendo o tratamento precoce, que já foi provado ser ineficaz contra o coronavírus.
"Retiraria porque não tinha vacina", falou ao ser questionado sobre a fala do coveiro. "Sou chefe da nação. Eu sei disso. Eu lamento. Não falaria de novo, não falaria de novo. Você pode ver que de um ano para cá meu comportamento mudou. A minha cadeira é um aprendizado", completou.
Em abril de 2020, Bolsonaro foi questionado sobre as 300 mortes no dia em decorrência da doença e interrompeu o jornalista: "Ô, ô, ô, cara. Quem fala de... Eu não sou coveiro, tá?".
Desde a chegada da Covid-19 no Brasil, o presidente foi autor de frases infelizes e insensíveis. Além da fala sobre não ser coveiro, Bolsonaro minimizou a doença a uma "gripezinha" e "histeria" e falou que o Brasil era um "país de maricas".
Ele também disse que não repetiria que a vacina transformaria pessoas em jacarés e que "pisou na bola" quando chamou a filha mais nova de "fraquejada" por ela ter nascido mulher.
"O jacaré foi figura de linguagem. Se você pegar imagem não estou zombando de ninguém como [William] Bonner quis dizer", justificou sobre um vídeo em que imita pessoas com falta de ar e pelo qual foi questionado em sua sabatina no Jornal Nacional.
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