São Paulo: Lula 38% x Bolsonaro 28%
Minas Gerais Lula 39% x Bolsonaro 26%
Rio de Janeiro Lula 35% x Bolsonaro 33%
Rio Grande do Sul Lula 40% Bolsonaro 35%
São duas as principais informações da pesquisa contratada pela TV Globo: solidez de Lula no Sudeste e Bolsonaro com reprovação pessoal mais alta do que a do governo
Há dois achados na pesquisa Ipec/TV Globo divulgada nesta segunda-feira no Jornal Nacional que explicam a vantagem de 12 pontos percentuais de Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL):
Lula tem um saldo sólido sobre Bolsonaro nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul;
A gestão do presidente tem uma reprovação maior que a do seu governo.
Na sondagem nacional, Lula teria 44% das intenções de voto ante 32% de Bolsonaro se as eleições fossem hoje, segundo o Ipec. Os outros candidatos somam 9%. Isso significa que Lula hoje estaria na margem de erro para vencer a disputa no primeiro turno, com 52% dos votos válidos.
No estado de São Paulo, a pesquisa Ipec mostrou Lula na frente com 38% e Bolsonaro com 28%. Em Minas, Lula venceria se as eleições fossem hoje com 39% ante 26% de Bolsonaro. No Rio Grande do Sul, Lula lidera com 40% e Bolsonaro tem 35%. No Estado do Rio a disputa está em empate técnico, com Lula com 35% e Bolsonaro, 33%. Ciro Gomes (PDT) tem 3% das intenções de votos em SP, MG e RJ, e 7% no RS.
Estes quatros estados somam 46,26% do eleitorado nacional de 156 milhões 454 mil eleitores. Entre 2006 e 2018, o PT venceu as eleições tendo a maioria dos votos na região Nordeste, nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro e perdendo nas regiões Sul e Centro-Oeste e em São Paulo. Desde 1989, o PT só venceu em São Paulo em 2002.
A vantagem de Lula de dez pontos percentuais em São Paulo, segundo o Ipec, é a novidade com maior impacto eleitoral desta campanha em relação às anteriores.
Lula tem um diferencial relevante sobre Bolsonaro na simulação de segundo turno. Segundo o Ipec, na disputa mano a mano o ex-presidente ganha seis pontos percentuais e vai a 51%, enquanto o atual presidente só cresce três pontos percentuais e fica com 35%.
A provável explicação para este limitador de Bolsonaro está na reprovação da sua atuação pessoal como presidente. De acordo com o Ipec, 43% dos eleitores consideram o governo ruim ou péssimo, mas 57% desaprovam a gestão do presidente. Esta rejeição pessoal da maioria do eleitorado é um impeditivo às possibilidades de Bolsonaro.
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