Um câncer
corrói as entranhas da política brasileira, o chamado orçamento secreto.
No Brasil,
estamos vivendo um momento de abissal retrocesso. Estão em xeque nossa ordem
democrática e a institucionalidade da economia. Ulysses Guimarães, o grande
patrono da nossa Constituição Cidadã, quando alguém se queixava do Congresso,
costumava dizer que a safra de parlamentares seguinte seria pior. Sua pilhéria
virou uma maldição, porque o grau de deterioração das práticas políticas no
Congresso só aumenta.
Depois que os políticos do
Centrão, aliados ao presidente Jair Bolsonaro, passaram a dar todas as cartas
no nosso Parlamento, um câncer corrói as entranhas da política brasileira, o
chamado orçamento secreto, que cedo ou tarde será mais um caso de polícia. Para
completar, o bilionário fundo eleitoral destinado aos partidos nas eleições
está se transformando num obstáculo à renovação dos costumes políticos.
Criou-se uma situação de absurda
desvantagem entre quem tem mandato, e usufrui de verbas do Orçamento da União,
estruturas de gabinete e recursos abundantes de campanha, e aqueles que serão
candidatos e não têm as mesmas possibilidades. Como se não bastasse, agora vem
o pacote de bondades da PEC da Eleição, que será a bandeira eleitoral de quem
pleiteia a reeleição.
O que
esperar disso tudo? Que o eleitor tenha vergonha na cara e não vote nesses
aproveitadores do dinheiro público.
Vida que
segue
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