Quatro meses depois de ganhar os holofotes na CPI da Covid, o Instituto Força Brasil
, defensor do presidente Bolsonaro, está prestes a fechar as portas. Membros da entidade bolsonarista relataram que, após a exposição negativa na comissão, a cúpula do Instituto decidiu encerrar as atividades.
O presidente de entidade, Helcio Bruno de Almeida, foi convocado para depor na CPI, há quatro meses, e acabou indiciado no relatório final da comissão por incitação ao crime.
O empresário Otávio Fakhoury, que foi vice-presidente do Instituto e um de seus financiadores, também prestou depoimento na CPI e foi indiciado pelo mesmo crime que o coronel Helcio. Foi ele o responsável por aproximar os representantes da empresa Davati do Ministério da Saúde na negociação da vacina Covaxin. O contrato foi suspenso pelo governo após suspeitas de fraude reveladas pela CPI.
O site do Força Brasil, que defende causas bolsonaristas, como voto impresso, armamento e tratamento precoce e ineficaz para a Covid-19, está fora do ar depois que Helcio Bruno foi questionado na comissão sobre a disseminação de fake news por seu instituto. A coluna apurou que, apesar de fechar as portas, o coronel já pensa em abrir uma ONG quando a poeira baixar. O plano dele é fornecer serviços da área de infraestrutura ao governo Bolsonaro.
Procurada, a defesa do coronel disse que não se manifestaria.
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