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Pacheco diz que não se negocia a democracia


Pacheco diz que não se negocia a democracia

 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta quinta-feira em pronunciamento à imprensa após reunião com governadores que a democracia é inegociável e que ela tem como um de seus pilares o diálogo, sendo impossível, portanto, interromper as conversas com os demais Poderes e instituições.

Após o encontro, e tendo ao lado alguns governadores como o do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do Pará, Hélder Barbalho (MDB), Pacheco disse que o Congresso precisa ouvir as demandas dos chefes dos Executivos estaduais.

"Não se negocia a democracia. Democracia é uma realidade, Estado de Direito é uma realidade, a sociedade já assimilou esses conceitos e esses valores nacionais, de modo que estaremos sempre todos unidos nesse propósito de preservação da democracia no nosso país", afirmou.

As declarações de Pacheco vêm em um momento de crise entre os Poderes, e em meio a ataques do presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) --especialmente os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Bolsonaro chegou a afirmar em uma declaração recente que poderá atuar fora das quatro linhas da Constituição para conter o que chama de excessos do Supremo.

O presidente também ataca governadores com frequência por causa da gestão da pandemia de Covid-19 --por ser contra as medidas de restrição de atividades adotadas pelos Estados para conter a disseminação do vírus-- e por conta da cobrança do ICMS sobre os combustíveis.

VACINAS

Um dos presentes ao encontro, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), aprovou o resultado da reunião e citou que se tratou também de questões referentes à vacinação contra Covid-19 e pautas de votação do Congresso como a da reforma do Imposto de Renda e para atrair investimentos.

"Uma reunião com resultados positivos, nós vamos trabalhar juntos para o Brasil ter mais vacinas e dialogando neste caso o Congresso Nacional, o Ministério da Saúde, a Anvisa e laboratórios, enfim, para garantir as condições de ampliar a capacidade de vacinação e de produção, de autonomia nessa área de vacinas, com a Fiocruz, o Butantan, a União Química, a Pfizer e a Janssen", afirmou Dias, que é coordenador da área de vacinas no Fórum Nacional dos Governadores.

(Reportagem de Eduardo Simões e Ricardo Brito)



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