Jovem morto na Região dos Lagos exibia vida de luxo e rápido retorno financeiro nas redes sociais. 'Prazer, máquina de fazer dinheiro', se apresentou Wesley Pessano em uma foto.
O investidor de criptomoedas e trader de criptoativos, Wesley Pessano, de 19 anos, que foi assassinado nesta quarta-feira (4), em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio, dentro de um veículo Porsche, ostentava carros de luxo e viagens nas redes sociais.
O jovem também usava seu perfil no Instagram, onde tinha 131 mil seguidores, para compartilhar o retorno financeiro rápido que tinha com seu trabalho. "Prazer, máquina de fazer dinheiro", se apresentou Wesley em uma foto.
Em uma publicação, Wesley diz ter obtido mais de R$55 mil em apenas um minuto. Em um vídeo compartilhado nos stories, ele mostrou ter recebido dez depósitos de R$5 mil ao mesmo tempo. O jovem oferecia cursos de imersão na área e fazia eventos presenciais com interessados. Em outra postagem, ele afirma ter arrecadado mais de R$17 mil "ao vivo", sem ter cobrado os alunos.
"Aos 16 (anos) conheci este mercado, trancado em um escritório de Telemarketing e ganhando R$400 por mês. Aos 17, tinha perdido todo o dinheiro que eu tinha, aos 18, com minha GENIALIDADE desenvolvi minha própria estratégia, aos 19 estou milionário e ajudando milhares de pessoas a mudarem de vida", escreveu Wesley em uma publicação.
O trader foi assassinado a tiros na tarde de ontem, no bairro de São João, próximo à igreja católica do bairro. Segundo testemunhas, dois homens teriam passado em um veículo modelo Voyage e dispararam contra o carro Porsche em que estava a vítima e mais uma pessoa, que também foi baleada. Wesley foi atingido na cabeça e no pescoço e morreu na hora.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de São Pedro da Aldeia informou que o outro ocupante do automóvel deu entrada no pronto-socorro municipal e foi transferido, em seguida, para o Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, também na Região dos Lagos. A identidade da vítima não foi revelada.
Em sua última publicação nas redes sociais, Wesley aparece ao lado do veículo em que foi assassinado e com diversas notas de dinheiro em uma carteira aberta. "Antes 'era' poucos sapatos, hoje até gente tem no meu pé", escreveu ele na legenda. Nos stories que fez horas antes de sua morte, ele aparece trabalhando e se exercitando. No canal que mantinha no YouTube, com 14,5 mil inscritos, ele compartilhava as operações que realizava. Em comentários no vídeo mais recente, internautas lamentaram sua morte.
"Sem acreditar até agora no que fizeram com esse cara, minha inspiração dentro do mercado. Rei do Pullback. Descanse em paz e que Deus conforte toda família", escreveu uma pessoa. "Descansa em paz padrinho, Deus tem um lugar reservado 'pra' tu no céu. Tu mudou vidas demais e ainda vai mudar, obrigado por tudo guri”, disse outro internauta. Em um comentário em espanhol, uma pessoa chama Wesley de "melhor trader" e "rei do pullback".
"Pullback" é uma expressão usada no mercado de ações para indicar o melhor momento para comprar ou vender ativos que sofreram desvalorização. O jovem tinha o termo tatuado em um dos dedos da mão, além da frase “Eh os grui”. Há três meses, ele publicou um vídeo em seu canal em que conta sua história de vida. Nascido no Rio Grande do Sul, ele morou durante um período em Santa Catarina e, há pouco mais de um ano, se mudou para Cabo Frio, onde fundou uma empresa de investimentos.
"Pullback" é uma expressão usada no mercado de ações para indicar o melhor momento para comprar ou vender ativos que sofreram desvalorização. O jovem tinha o termo tatuado em um dos dedos da mão, além da frase “Eh os grui”. Há três meses, ele publicou um vídeo em seu canal em que conta sua história de vida. Nascido no Rio Grande do Sul, ele morou durante um período em Santa Catarina e, há pouco mais de um ano, se mudou para Cabo Frio, onde fundou uma empresa de investimentos.
Há 21 dias, Wesley registrou a abertura de uma microempresa de treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial, com o nome de WP Santarém, no município de Navegantes, em Santa Catarina. A empresa tem capital social de R$110 mil e no quadro de sócios e administradores, ele aparece como titular.
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