Com objetivo de não entrar em crise com o Centrão, o presidente tem como alternativa diminuir o valor aprovado ao invés de vetar a proposta
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua base de apoio no Congresso buscam diminuir o valor do fundo eleitoral para não 'comprar uma briga' com o Centrão. A alternativa seria uma saída para o chefe do executivo, que já indicou que não aprovará o chamado 'fundão' da maneira como ele foi originalmente votado, com a disponibilização do triplo de recursos das eleições passadas. As informações são da jornalista Camila Mattoso.
De acordo com fontes no Planalto, a solução será enviar mensagens modificativas ao Parlamento, de modo que a Lei Orçamentária Anual seja alterada, reduzindo, assim, o valor destinado a campanhas eleitorais para algo próximo de R$ 4 bilhões. O valor que foi aprovado no Congresso Nacional dentro do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) é de R$ 5,7 bilhões.
Dessa maneira, Bolsonaro não entraria em rota de colisão com o Centrão e teria um argumento para inflamar sua base de que conseguiu uma redução de um terço do valor, mas que, ainda assim, será o dobro dos recursos disponíveis em 2020.
Líderes do Centrão pensam que este poderá ser um bom caminho e lembram que, em 2019, a proposta votada inicialmente seria para aumentar o fundo eleitoral para R$ 3,8 milhões. Após discussões, chegou-se a um consenso de disponibilizar "apenas" R$ 2 bilhões.
Líderes do Centrão pensam que este poderá ser um bom caminho e lembram que, em 2019, a proposta votada inicialmente seria para aumentar o fundo eleitoral para R$ 3,8 milhões. Após discussões, chegou-se a um consenso de disponibilizar "apenas" R$ 2 bilhões.
"É uma cifra enorme, que, no meu entender, está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada. Posso adiantar para você que não será sancionada. Eu tenho que conviver em harmonia com o Legislativo. E nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado e nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho obrigação de aceitar para o lado de cá. Mas a tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro", disse Bolsonaro.
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