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Bolsonaro não cumpre promessa e admite não ter provas, só indício de fraude

Bolsonaro não cumpre promessa e admite não ter provas, só indício de fraude

Presidente falou por cerca de 40 minutos antes de tratar das supostas provas, mas afirmou que tinha apenas indícios

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), não cumpriu a promessa de que apresentaria, nesta quinta-feira (29/7), provas de fraude nas urnas eletrônicas. A tradicional live semanal foi cercada de expectativas após o anúncio, mas nenhuma comprovação foi apresentada. "Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas, são indícios", disse o mandatário.
O chefe do Executivo apareceu na transmissão ao lado de um suposto analista de inteligência, a quem se referiu apenas como Eduardo, e apresentou vídeos que circulam na internet sem qualquer comprovação sobre supostos erros nas urnas.
Um simulador foi utilizado com intuito de mostrar que os resultados obtidos por meio das urnas eletrônicas podem ser alterados. Um vídeo de um suposto programador de dados chamado "Jeferson" foi exibido. Nas imagens, o rapaz diz que é possível fraudar o código fonte da urna eletrônica, mas sequer mostrou dados e fez apenas simulações de votos que foram para outros candidatos fictícios.
A tese mostrada nesta quinta, de acordo com o presidente, fornece "fortes indícios" de que é necessário mudar o sistema eleitoral. "Um crime se desvenda com vários indícios. Vamos apresentar vários indícios aqui", afirmou.
Jair Bolsonaro aproveitou a transmissão que comprovaria suposta fraude em 2018 para, mais uma vez, defender o voto impresso. O objetivo da exposição, segundo Eduardo, o auxiliar do presidente, foi mostrar que "as urnas podem ser melhoradas" e que o uso do papel como instrumento de auditoria pode aperfeiçoar o processo.

Na visão de Bolsonaro e o suposto analista, a disputa das últimas eleições presidenciais poderia ter sido encerrada ainda no primeiro turno. "Quando entram as urnas do Sudeste, um grande volume, quando praticamente tinha acabado a apuração no Nordeste, acontece o inverso. Em vez de subir, eu caio. Parece que alguma coisa aconteceu", disse o presidente.

Bolsonaro disse que um dos indícios de que algo aconteceu é um "sorriso" dado por uma representante do Ibope em uma entrevista à GloboNews durante a apuração. O Ibope faz a pesquisa de boca de urna divulgada ao fim do horário de votação.

A live começou por volta das 19h, mas Bolsonaro fez longo preâmbulo, de quase quarenta minutos, repetindo tópicos como a defesa do voto impresso, o momento econômico da Argentina e as tentativas brasileiras de emplacar representante no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Mais ataques a Barroso 


Bolsonaro chegou a dizer que pessoas que queriam votar nele em 2018, digitando o 17, número do PSL, partido que o abrigava à época, recebiam da urna apenas as opções de manifestação nula ou de digitar o 13, do PT de Fernando Haddad.

O pleito por voto em papel como forma de conferência dos resultados das urnas tem sido defendido ferrenhamente por Bolsonaro. Para defender a "auditoria", o presidente da República voltou a atacar Luís Roberto Barroso, ministro da Suprema Corte e chefe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Por que a ferocidade do presidente do TSE em não querer discutir e não querer falar sobre uma contagem pública de votos?", falou. 

De acordo com Bolsonaro, o voto impresso não representa retrocesso. O presidente classificou as argumentações do tipo como "fake news". O governo chegou a lançar, inclusive, um "mascote" da campanha pelo "voto auditável".

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