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Covaxin deixa o governo em pânico com depoimentos na CPI

Covaxin deixa o governo em pânico com depoimentos na CPI

Covaxin: governo vê 'denunciação caluniosa' e diz que pedirá investigação de servidor', Luis Ricardo Miranda disse que se reuniu com Bolsonaro e o informou sobre suspeitas envolvendo importação da vacina. 

Negociações são alvos do MP e da CPI da Covid. 

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, informou nesta quarta-feira (23) que o governo pedirá à Controladoria Geral da União (CGU) e à Procuradoria Geral da República (PGR) que investiguem o servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, e o irmão dele, o deputado Luis Miranda (DEM-DF). Chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde, Luis Ricardo Miranda afirmou em entrevista ao jornal "O Globo" que relatou ao presidente Jair Bolsonaro que havia suspeitas de irregularidades envolvendo as negociações para importação da vacina contra a Covid-19 Covaxin, produzida na Índia (veja detalhes no vídeo mais abaixo). 

 "Vamos, nesse PAD [Processo Administrativo Disciplinar, na CGU] e junto à Procuradoria Geral da República, pedir abertura de investigação do deputado Luis Miranda e do servidor Luis Ricardo Miranda, baseados no artigo 339 do Código Penal, [por] denunciação caluniosa, e do artigo 347, [por] fraude processual", afirmou. 

 Conforme Onyx, o governo também pedirá investigação por prevaricação porque, segundo o ministro, o chefe de Luis Ricardo Miranda no Ministério da Saúde não teria sido informado das suspeitas apontadas pelo servidor. 

Ainda de acordo com ele, Bolsonaro mandou a Polícia Federal abrir uma investigação sobre "todas essas circunstâncias expostas" nesta quarta. Onyx disse haver indícios de que o servidor fraudou os documentos da empresa (veja resposta da Precisa mais abaixo). 

 As negociações sobre a importação da vacina são alvos do Ministério Público e da CPI da Covid. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), a Covaxin foi a vacina mais cara negociada pelo governo federal até agora: R$ 80,70 a unidade, valor quatro vezes maior que a vacina da Fiocruz, a AstraZeneca. 

O contrato para a compra da Covaxin foi firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, empresa responsável pela ponte entre o governo federal e o laboratório que produz a vacina na Índia. A empresa é a única intermediária que não possui vínculo com a indústria de vacinas.



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