Investigações apontam que criminosos montaram uma espécie de tribunal do tráfico para matar desafetos. Os garotos Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique sumiram no dia 27 de dezembro
A Força-Tarefa da Polícia Civil realiza, nesta sexta-feira, uma megaoperação para prender traficantes de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que criaram uma espécie de "tribunal do tráfico" para matar seus desafetos. O grupo é investigado pelo desaparecimento de três meninos, há cinco meses, no Complexo do Castelar. Os amigos Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique sumiram em dezembro do ano passado quando saíram de casa para brincar em um campo de futebol.
Cerca de 150 agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de outras delegacias especializadas ocupam pelo menos três comunidades na região. Até a ultima atualização, 15 pessoas tinham sido presas.
As investigações da Polícia Civil identificaram que integrantes de uma facção criminosa que comanda o tráfico na região são responsáveis por uma série de homicídios, roubos de veículos e de cargas, em Belford Roxo e outras cidades da Baixada.
Os traficantes também são investigados por envolvimento no desaparecimento dos três garotos da comunidade e por provocar a tortura e expulsão de um morador, de sua companheira e dos quatro filhos menores de idade, acusando falsamente a família pelo sumiço das crianças para, com isso, prejudicar o trabalho dos policiais.
CINCO MESES DE ANGÚSTIA
As famílias de Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique reclamam da demora nas investigações. Após quatro meses do desaparecimento, a polícia montou uma Força-Tarefa para agilizar às investigações. A principal linha era a de que traficantes estavam envolvimentos no desaparecimento das crianças.
CINCO MESES DE ANGÚSTIA
As famílias de Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique reclamam da demora nas investigações. Após quatro meses do desaparecimento, a polícia montou uma Força-Tarefa para agilizar às investigações. A principal linha era a de que traficantes estavam envolvimentos no desaparecimento das crianças.
A DHBF analisou mais de 40 câmeras de segurança mas não conseguiu imagens das crianças. Em março, o Ministério Público do Rio conseguiu uma imagem que flagrou os amigos em uma rua no bairro vizinho.
A Polícia Civil realizou mais de 80 diligências para tentar localizar os garotos.
Um morador da comunidade foi torturado por traficantes e obrigado a assumir o desaparecimento. Ele foi levado para a sede da DHBF e inocentado do crime. Após o episódio, o homem foi expulso da comunidade. A esposa e os filhos também tiveram que sair do local apenas com a roupa do corpo.
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